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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Imaginar que se está fazendo amor, não é o mesmo que fazê-lo, é claro!


Em vésperas de Natal, e mesmo estando muito longe ( em Paris...rs...) meu filho mais novo, fazendo um comentário lá no Face me deu, indiretamente, um presente inesperado ( ou quase, porque afinal, ele observa a vida e fiquei feliz por mais uma vez ver que ele, se esforça por viver o verbo amar como ação e reação ao sentimento). Então transcrevo aqui o seu comentário:
Respondendo a uma conversa no que sua mulher falava lá no Face sobre o amor, ele comentou com outro homem que dizia que amor não se dá, apenas se sente:
"Sem querer pegar no seu pé, mas... Talvez a sua escala de profundidade esteja ao contrário. Amor se dá sim, pois se demostra através de atitudes e gestos, os quais dedicamos à alguém. Eu mesmo faço isso todos os dias da minha vida. Você recebeu o melhor dos amores do mundo, por boa parte da sua vida, vindo da mamãe... Talvez, pela quantidade de horas que você passou na frente da tv, tenha assimilado a ideia que a tv passa sobre os sentimentos: a ideia de que podemos sentí-los confortavelmente sentados no sofá sem precisar fazer nada. Só sentir, sem fazer nada. Na verdade, embora os sentimentos que tenhamos em frente a tv sejam verdadeiros dentro de nós, são uma ponte de uma só via, como uma alucinação. Não possuem o mesmo nível de realidade de quando estamos efetivamente mergulhados na situação em si, vivendo-as de fato. Assistir seu time marcar um gol e vencer o campeonato não provoca o mesmo sentimento que realmente disputar um campeonato e marcar um gol você mesmo. Assistir à um concerto musical pela tv não proporciona a mesma emoção que estar de fato lá o sentindo ao vivo. Os sentimentos verdadeiros, nos impulsionam a fazer coisas, a agir. Em essência, por princípio, os sentimentos são a fonte que dá origem às ações e este é justamente o seu propósito. No caso do amor, são infinitas as maneiras de expressá-lo em atitudes... Quando amamos alguém, desencadeamos um processo onde pensamos, imaginamos e realizamos ações, sendo, a pessoa que amamos, a grande inspiração e motivação destas ações. A troca não é automática, é preciso fazer uma escolha, é preciso dedicar o tempo para podermos sentir ou demonstrar o que sentimos. Se estamos assistindo tv, não estamos colhendo uma flor, nem preparando um bolo... Cada coisa que fazemos é uma decisão politica que tomamos dentro de nós e que defini como utilizaremos os momentos de nossa vida. Podemos enriquecer o nosso dia e o nosso comportamento com atitudes que influenciam positivamente a vida das pessoas que amamos e isto é dedicar o seu tempo para elas... Podemos escutá-las com paciência e atenção, quando elas precisam falar algo, e isto é dar atenção... Temos esta escolha a cada dia, a cada oportunidade. Eu dou muito amor pra Pri através das minhas muitas ações dedicadas a ela e ela me dá muito amor através de suas atitudes. É por conta disto, por conta de sabermos a importância de se demonstrar os sentimentos e de se cultivar a reciprocidade dos sentimentos e do amor, através de atitudes que os demonstrem e os expressem, que colhemos os frutos provenientes disto.

Percebi que ele foi amoroso ao fazer este comentário e saliento o trecho que mais gostei e no qual acredito demais:
 Em essência, por princípio, os sentimentos são a fonte que dá origem às ações e este é justamente o seu propósito. No caso do amor, são infinitas as maneiras de expressá-lo em atitudes... Quando amamos alguém, desencadeamos um processo onde pensamos, imaginamos e realizamos ações, sendo, a pessoa que amamos, a grande inspiração e motivação destas ações. A troca não é automática, é preciso fazer uma escolha, é preciso dedicar o tempo para podermos sentir ou demonstrar o que sentimos."

O restante do comentário dele quando se refere a recebermos passivamente algo como quem vê TV, me fez ver melhor algo sobre mim mesma - que eu tenho uma tendência incrível para subestimar meus sentimentos, dando uma importância maior ao que é apenas fruto da imaginação, da intenção ou do desejo... pois certamente eu valorizei muito o que de fato não recebia, mas porque levava em conta a intenção de outros, o meu próprio desejo ou fantasia a respeito. É evidente que sempre vou considerar a intenção  um presente valioso por si, mas, como meu filho comenta em outras palavras, e me fez refletir - sonhar que se está viajando, ou sorrindo ou partilhando com alguém um momento maravilhoso, ou recebendo um gesto amoroso é o mesmo que imaginar que se está fazendo amor, não é o mesmo que fazê-lo de fato...rsrs.... Contentar-se com "imaginar algo" não traz a mesma emoção criativa,  incentivadora e sustentadora que o "viver algo" proporciona. Ninguém tem dúvida disto, mas por vezes a gente se acomoda num mundo onde o excesso de imaginação/fantasia acaba por substituir gestos concretos que nos tocariam verdadeiramente e germinariam maiores colheitas. Porque, no mundo de hoje, é a moda que sustenta o comodismo irresponsável dizer-se que "nada devemos cobrar do outro" e que " a felicidade está apenas em nossas mãos", como se fosse o objetivo maior do ser humano, ser feliz por si só, egoísticamente e sem partilhar a responsabilidade de construir relacionamentos de valor que levam em conta ação/reação/responsabilidade/consequência.

Texto transcrito: Roberto Alvarenga e comentário: Vera Alvarenga. 

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