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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Hoje, fui procurar você... amor...

 Hoje, fui procurar você....
Comecei a procura convidando-o para um cafezinho. Lá, para onde ele tinha de ir, havia também um capuccino delicioso! Eu sabia. Iríamos juntos, caminhando, então. É que eu estava tranquila, leve, sentindo aquela serenidade que abranda o coração e que nos ocorre quando acabamos de nos encontrar com familiares que amamos e nos receberam bem. Gestos amorosos são geralmente assim, dão frutos... e nos deixam com vontade de dividir sua doçura. Sempre penso que, ao dividirmos certas coisas boas, acabamos por multiplicá-las. Pelo menos as tornamos mais duradouras.
   Ultrapassei as pequenas pedras que muito desajeitadamente apareciam no caminho, com a mão firme em busca da dele e um sorriso no rosto.
   De fato, resisti por algum tempo. Me aproximei de duas outras coisas gostosas que me lembravam também do prazer, como era de prazer a sensação que fazia eco em mim. Eu queria comemorar a paz. Quanto mais eu sorria, mais surgiam empecilhos. É que, na vida, nem sempre os gestos encontram resposta igual. Para isto é preciso que no momento haja certa disponibilidade harmoniosa.
   O sorriso acabou por perder o brilho. Tornou-se um tanto forçado, na tentativa de compartilhar a alegria por tantas pequenas coisas que pareciam não estar presentes ali. Pergunto-me como, de vez em quando acontece, de morrer pelo caminho algo que surgiu como promessa tão promissora. Talvez a gente cometa um erro com esta mania de inventar alegria onde não exista, ou de tanto a desejar acredite que ela um dia passe a existir.
   Acabei por não resistir à teimosia de uma pedra maior que grosseiramente mostrou-me que a ocasião era mais um daqueles momentos em que eu devia desfazer minha expectativa. Ela era apenas minha ilusão.
  Quando, publicamente, ele me chamou de louca porque eu quis comprar um panetone recheado de delícias de chocolate, algo que não é meu hábito consumir, desisti. Sim, me faria engordar!  Sim, concordo que o preço era mais alto do que o bolo que ele está habituado a comprar a cada semana. E não! não era mesmo para ser habitual. Foi um deslize, uma gulodice, apenas uma coisa sem importância a não ser, por ser semelhante à sensação que eu trazia por dentro.
  Ando de fato a pensar que ao ficarmos velhos, parece que acabamos por deixar tantas gostosuras de lado que, se não cuidarmos de inventar outros momentos de prazer, vamos amargar sem nenhuma doçura. A rotina de envelhecer sem alegria causa dor, de um modo ou de outro. E não gosto de sentir dor. Por isto, meu espírito inventa....E eu sei que envelhecemos a cada dia, desde o tempo em que éramos mais jovens! Por isto invento alegrias desde há muito tempo.
  A tal grosseria sei que nenhuma outra mulher haveria de resistir. Pelo menos se tivesse brios, diria minha avó! Deixei-o seguir sozinho para a loja ao lado onde ele tinha de ir desde o inicio. Então, despedi-me, voltei. Sem mais pensar em nada. No entanto, ao lado, junto e misturada com a frustração, havia ainda aquela boa sensação.
   Ah! as coisas do amor sempre tiveram mais eco em mim!
   Ao chegar pensei ainda em tomar aquele cafezinho com prazer. Tenho este jeito imbecil, infantil ou tresloucado de insistir em não deixar a peteca cair. Então, coloquei ali na varanda um prato com uma fatia do bolo dele, pãezinhos de queijo para mim e, bem, desisti de comer naquela hora o panetone. Quem sabe escondido, em outro momento. Ali na mesa o doce ia me lembrar do momento desagradável quando ouvi por duas vezes, junto com as outras pessoas na fila do caixa, aquela grosseria. Eu sempre tive um jeito especial e criativo de fazer as coisas voltarem a ficar bem. Deste modo, logo que ele chegou,tomamos o nosso capuccino na varanda, olhando para o jardim, naquele final de tarde gostoso que vinha depois de um dia de muita chuva e 24 horas sem luz, devido aos estragos que os troncos de árvores fizeram por causa da ventania.
  A Natureza fica brava às vezes! Eu também! mas hoje, não fiquei.
  Eu estava serena, ainda. Só faltava um pouco de alegria. Daquela alegria quando duas pessoas olham para a mesma direção e percebem o quanto tem ainda para agradecer.
  O café e os pãezinhos de queijo, contudo, estavam deliciosos!
  Em pouco tempo cada um de nós foi fazer o que precisava, na nossa rotina do dia a dia.
  Eu? Senti de repente uma saudade...Reli bilhetes, alguns comentários...
  Fui procurar nas palavras... no sonho... fui procurar a voz me chamar - minha querida.
  Fui procurar você, amor... mas hoje, não encontrei!
  Temo que jamais o encontre de novo, como antes...
     

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A distância...

   
Existe uma distância das coisas, entre nós e as pessoas também. Podemos estar há anos ao lado de alguém e, de repente, só de repente notar que os olhos dele não buscam mais o nosso olhar. Que a busca foi substituída pela indiferença dos que sabiam que sempre esteve à mão, o que queriam encontrar.
    Pode ser que há algum tempo soubéssemos do que acabamos de descobrir mas não queríamos nunca desvendar. E mesmo ainda acontece que não levantamos todos os véus, porque o ser humano tem mania de insistir, que o que cismamos ou quase vemos não é mais do que bobagens, enganos, uma ilusão fruto de sinais mal interpretados. O ser humano tem mania de dizer que ama, sem amar. Quem sabe até inventamos esta intuição que temos! Quem sabe nada vemos! Pode ser, não sei. E por isto, o tempo passa.
   Talvez esta intuição sentida como sinal de que as coisas não vão bem, seja a cada vez, oportunidade de renovar gestos, olhar, sentimentos. Contudo, há os que jamais se darão conta, a não ser quando tiverem causado um mal que nem suspeitavam, quando tiverem plantado uma tristeza que marcará para sempre o olhar do outro, quando estiverem catando as cinzas frias do amor que antes, ardia.
   Quem mudaria uma vida inteira por um simples sinal? Que louca seria aquela que jogaria fora tantas lembranças, tanta história, tantos momentos de viver bem, por pequenos sinais, ainda que a certa altura da vida se repitam mais constantemente? Bem na altura da vida em que as pessoas precisariam ficar mais próximas, em que o prazer de viver e compartilhar as amenidades e insignificâncias seria finalmente possível?! E talvez fosse chegado o tempo de se alcançar a tal felicidade, a dos pequenos momentos, das pequeninas e deliciosas coisas que estariam bem ao alcance da nossa mão, de tão próximos.
   Talvez uma louca que fosse amada, que conhecesse também de repente, um amor cheio de olhares, imperfeito mas refletido de fato e simplesmente em gestos e palavras amenas, pudesse mudar um pouco o mundo. Duas pessoas que decidem viver o seu amor, um pelo outro, é assim que se vive um amor, seriam como uma pedrinha ao tocar o lago inerte e espelhado. E só assim ela poderia saber que felicidade não era aquele pouco encontrado até então, ao longo do caminho. Que não se tratava apenas de um ideal inatingível. Quem disse que não podemos nos decidir a nos comprometer com o amor? Quem disse que amar é impossível???!!
   Acontece que há, muitas vezes, uma distancia que nos separa de tocar a face de um sonho, aquela infinita distância que sozinhas não podemos percorrer, e que cria um abismo intransponível, um desejo insaciável, um oceano de silêncio que ensurdece e adormece os sentidos. Muitas vezes é impossível construirmos uma ponte.Talvez por isto, fiquemos meio cegos ao envelhecer ou busquemos tantos de nós, nos amigos ou na esquina, a alegria que perdemos em algum canto da casa.
   Quem ama e é amado não é perfeito e nem precisa, porque jamais deixa de ver toda a beleza que seu olhar encontra. Quem ama nem por isto tem a vida mais facilitada, mas ri mais vezes e ainda se encanta, apesar de tudo.
   Para consolo de muitos, o amor que sentimos, aquele que experimentamos dentro do nosso mais íntimo ser, esta capacidade de amarmos verdadeiramente, este sentimento que nos pertence, está estreitamente ligado a nós. Este amor nos faz nostálgicos, é verdade, como se lembrássemos de que já foi possível. Nos faz tristes também, por certo. Bastaria, algumas vezes, um outro sinal. Um sinal que diminuísse as distâncias, um gesto de carinho e verdadeira amizade, para que este sentimento se transformasse em alegria e transbordasse, o que muitas vezes nos bastaria, nos daria forças para atravessar as distâncias e suportar as tempestades quando estamos solitários em alto mar....
    

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O verde muda rápido de tom...ou de cor...

 
O verde muda muito rápido de cor... Ante ontem, quando vim ao terraço olhei para cima. Entre onde eu estava e o céu, havia apenas o prédio mais na lateral e centenas de brotos, pequeninos botões verde claro, na árvore em frente. Ontem saí e nem cheguei ao terraço. Agora no final da tarde sentei aqui e, ao olhar para a árvore...
- Onde estão os botões eu não sei. Sumiram. O verde claro dos botões, claríssimo como costuma ser o verde da esperança, foi substituído por muitas folhas pequeninas de tom mais escuro. Entre eu e parte do céu agora, há uma renda esverdeada que, inclusive, me impede de ver as janelas de quatro andares do prédio do qual falei. Não é pouco! A mudança se deu,mas eu esperava por isto. São fases e nós, eu e a árvore, vamos nos relacionando assim, num estreito e significativo convívio. E não estou reclamando, porque bem gosto de me sentir como num ninho em meio às árvores. E ela sabe que tem todo meu amor e admiração, esteja nua, apenas com botões, coberta de folhas ou florida. Só constatei que as coisas vivas modificam nossa visão do mundo e até do céu, num tempo em que pertence a elas, e não a nossa vontade ou acomodamento. Isto me fez lembrar de outra coisa.
   Ainda ontem, quando eu via em meu blog uma luzinha verde acesa lá, numa determinada cidade, invariavelmente ficava feliz. Ela pertencia a alguém e tinha significado. Era uma felicidade pequenina, mas do tipo daquela que alegra a gente e vem lá de dentro, do coração, como se a gente estivesse mais perto do céu. E eu me acostumei com ela e ela me fortalecia. O tempo passou. Já não vejo mais aquela luzinha verde claro brilhando, e quando a vejo já não posso me alegrar porque não sei mais a quem pertence, há algum tempo que ela se desvinculou da presença à qual pertencia todo o significado. Na natureza, as estações tem suas características e sei o que posso esperar da árvore que me serve de ninho aqui, frente ao meu terraço, porque eu a conheço um pouco. Temos uma convivência franca e amiga já de mais de três anos!
   Seres humanos não se deixam conhecer assim. Não são nada previsíveis. Sua "natureza" nos confunde.
   Acabo de me lembrar que, uma luz verde hoje talvez só me traga a certeza de que é hora de atravessar a rua correndo porque logo ela estará vermelha e me sinalizando que, se eu não estiver à salvo, um carro mais aflito pode me passar por cima!  
foto e texto:vera alvarenga

sábado, 26 de julho de 2014

Não deixe sua criança interior morrer...

Hoje, passando pelo Face, vi esta imagem...
então pensei...
- rs.... também tenho meus segredos, meu balanço, meu céu estrelado, os sonhos ousados, o sorriso no coração...uma disponibilidade incrível e parece infinita para ser feliz ou ver um bom ângulo das coisas...sim isto nos salva... só não podemos exagerar porque então, a gente periga se desligar e ficar numa vida paralela, apenas observando esta... vai ver que é assim que o pessoal mais velho, cansado ou sábio,passa a viver com aquele tal alemão... e se vai de braços dados com ele, pra sempre...rs....
Por isto, mais uma vez digo a você que me conhece um pouco e me compreende..."Minha criança interior saúda e dá um beijo estalado na face da que você tem aí, dentro de você"!
Texto:Vera Alvarenga
Foto retirada do Facebook

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Mãe de bailarina antes da estréia...

Eu não saio bem em fotos! E quando saio, salvo no meu computador... Odeio ver como faço caretas ou pareço brava, mesmo quando estou pensando em algo agradável e bom... acho que é a idade...rsrs...a boca da gente que fica mais fina, muda a expressão e quando a gente se vê na foto, até assusta, não se reconhece, não encontra mais aquela mulher mais jovem com quem convive no íntimo...kkk...
Mas eu tenho uma nora que, mesmo quando faz caretas, ainda fica bonita!!
E fiz pra ela esta historinha... acho que ela vai me perdoar... tomara que não se vingue colocando minhas fotos feias porque eu ia odiar... Ah! que saudades dos meus quase 40 anos!...rs....

Bem, aiaiai, eu me arrisquei...e coloquei no Face...se eu sumir do Face já sabem, é porque sofri um noricídio...kkk...

Então lá vai um episódio: "Mãe, antes da estréia de sua filhota bailarina, no teatro..."
Importante...CLIC NAS FOTOS para LER o que ela diz...kkk...





 A bailarina...
O irmão da bailarina...
Os tios da bailarina...
A avó coruja e os nonos da bailarina...
FIM DE FESTA!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O telefonema

  Estava passando, distraída, ao lado do telefone, quando algo acordou-me do tédio que não costumava sentir, mas agora me visita. Telefonei. Ninguém imagina como me custa fazer um telefonema. Telefonar foi um hábito que não criei. Foi uma conversa rápida. Apesar do assunto, ao final terminamos sorrindo como geralmente terminam as conversas de pessoas que se ouvem e se gostam. Do outro lado, alguém de quem gosto bastante contou-me, entre outras coisas, que uma tia distante morreu.
  A tia era bastante idosa e sua morte fora prevista várias vezes, com direito à visita e preocupação , por um ou outro parente. A todos porém, e à própria iminência da morte, a senhora idosa havia enganado. Alguns familiares mais jovens foram-se antes dela que, teimosa, permaneceu por quanto tempo ainda quis. Contudo, ela agora se fora. E como em outros casos, talvez a morte já esperada, não se tenha tornado o personagem mais importante desta história, mas sim, os figurantes que trazia consigo, o cenário que deixava à mostra, o que fazia refletir sobre a vida. Como por exemplo quando marcava um encontro de familiares que já não tinham mais nada a ver uns com os outros, se a amizade houvesse se acabado.Talvez o sentimento nem tivesse resistido verdadeiramente, também em relação àquela que acabara de morrer, por todas as vezes que alguém se sentiu como que traído pelos falsos anúncios daquela visita, que mais dia menos dia, bate à porta de cada um de nós, mas se demorava a levar a velha. Ela enfim, se foi. Quem sabe cansou ou se encheu de tédio.
  Tédio não faz bem, engorda, prejudica o coração e tira o gosto doce da vida. Tédio, o companheiro dos solitários, dos que vivem silenciosamente ou dos que, na ausência do sentimento recíproco de amizade, perderam o caminho que os levava aos momentos mais espontâneos, simples e vívidos que animam o viver. Mesmo que gostemos de nossos momentos de solidão, tem gente que se perde um pouco, se não conseguir ver-se refletido nos olhos de outro. Não é certo nem errado, apenas existe gente que é assim. Evidentemente, sempre há os que digam : - Que se encontre então! Que se salve e por si mesmo descubra a vida! Seria o ideal. Ideal, é quando a razão pensa que sabe o que fazer, mas o resto não acompanha.
Só sei que, quando desliguei o telefone, estava sentindo-me mais viva.
   Incrível o poder que tem uma rápida conversa entre amigos que se gostam. O poder de desatar os nós, até das tramas mais enroscadas de um casulo. Mesmo daquele em que se esconda o mais tímido e comodista animalzinho. Não é culpa de ninguém, nem minha porque conto esta história, eu, que gosto de casulos apenas para me aconchegar. Nem é culpa de quem, já sendo dado à quietude e, ainda mais, não tendo com quem conversar suas próprias falas além de ouvir as do outro, acaba por penetrar no casulo que, se algumas vezes aconchega, ao mesmo tempo, aquieta em demasia.
   Lembrei-me de um amigo com quem conversava de vez em quando. Para mim, era algo raro e precioso a que me permiti. E conversávamos pouco, coisas tolas ou importantes. A gente tem necessidade de ter alguém com quem possa conversar coisas simples, comentar sobre nossos pequenos desejos ou iniciativas que planejamos ter, contar pequenas vantagens. Um amigo que acredite em nós e nos ouça, só por isto nos encoraja e anima. Eu, que por muito tempo pensei que amizade fosse algo precioso mas secundário se não viesse junto daquilo que tivéssemos julgado ser o maior objetivo de nossa vida, hoje sei que não é bem assim.Tenho certeza disto. Hoje me falta o amigo. E ele, apenas por existir, me animava. E quando a gente se anima, acredita em si, faz planos.
A vida passa tão rapidamente. Dura tão pouco! Quanto tempo dura a vida quando se pensa na eternidade? A vida é um bem precioso. Um bom amigo também. Sinto muita falta.   
   Mas tenho a vida. Ouço a voz que conversa comigo. Ainda sou eu, ela dentro de mim, a me fazer companhia. E ela me sacode às vezes, me compreende outras, porque me conhece, me abraça e concorda comigo quando penso que tem de haver alguém superior a nós, a nos dar um sentido maior, a nos consolar quando descobrimos nossas fraquezas. E, de vez em quando ela me convida... – Vem, passa um baton, vamos sair um pouco deste casulo! Eu te faço companhia...  
Foto retirada do Google
Texto:Vera Alvarenga 

sábado, 28 de abril de 2012

Sôbre voos e liberdades...

 Somos seres sociais. Alguns mais, outros menos,mas todos dependemos uns dos outros e de nossa possível convivência.
Vivemos entre tantos.Como bandos, caminhamos ao lado de muitos, por vezes na mesma loucura em meio à corrida contra o tempo.
Contudo, somos solitários na dor e nos sonhos.
Evidentemente podemos ser solidários, na dor. E os sonhos, podemos tentar compartilhar, tentar levar conosco alguém que ansiamos possa ver a mesma beleza que vemos nas cores daquele arco-íris, ou ter as mesmas visões que tivemos em nossa meditação.
- Então, você pode vislumbrar como será maravilhoso?! Dizemos ingenuamente, quando encantados.
Algumas vezes encontramos resposta de quem  entra em sintonia conosco. Nos acompanham, alguns,outros seguem paralelamente, porque seus sonhos se assemelham aos nossos ou porque se encantam com a luz que brilhou em nosso olhar.
Aquela visão, porém, aquelas cores, são o nosso sonho, é o nosso desejo, estão ligadas à nossa experiência individual e única de meditar em meio ao burburinho da vida em sociedade, no meio em que estamos inseridos.
 Sim, para diminuir expectativas é preciso compreender que o sonho é de cada um! Contudo, não devíamos esperar de nós mesmos que apenas deixemos que cada um "fique na sua", porque, para quem voa ou sonha, ou tem uma visão, é quase impossível não desejar compartilhar... a menos, é claro, quando, como muitas vezes acontece,a alegria por experimentar tal liberdade ou talvez desejo, se apaguem vencidos  pelo insistente desejo contrário de manter tudo da forma que está. E esta é uma tendência do bando, e de nós todos. Sonhar, refletir, e então meditar para depois ir em busca da realização, ou mesmo somente buscar manter a ligação que possamos ter com o que somos no íntimo, requer fé, dá trabalho, exige disciplina, compromisso, dedicação e perseverança. Eu me acovardo, muitas vezes, mas a despeito de tudo, resisto.
Há vôos especiais, destes nos quais quase podemos tocar estrelas! Quando os tivemos, nosso corpo e alma pedem que se repitam. Por isto, mesmo quando a vida muda os cenários e quebra uma de nossas asas, ainda esperamos a cura para transformar o que temos, num novo plano de vôo.
Como seria bom termos sempre companhia!
Seria ideal diminuirmos nossa expectativa, sem contudo apagar o brilho dos nossos gestos espontâneos. Como fazer isto? No mais, compreendendo assim este aspecto da vida, finalmente não me sinto mais em  solidão, como tantas vezes antes. Eu a recebo e reconheço como pano de fundo numa cena em que ela é mais estrela do que eu, faz parte de mim, e se torna fundamental num e outro ato, no palco da minha vida.
Já não me assusto por gostar tanto de voar neste cenário, embora reconheça minha dependência total do convívio com meus pares. Sei que posso ir e voltar, sentir o vento e pisar na terra, rir e chorar, aceitar meu direito e meu avesso.
Fotos e texto: Vera Alvarenga

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Filha, volta pra casa!


- Filha, volta comigo! Sinto tanto sua falta.
- Eu sei, mãe.
- Você era a alegria da minha casa.
- Eu? Só você notava.
- Todos provaram do que plantou, com sua doce alegria.
- Você não percebia que me faltava ar? Vezes fiquei sufocada, sem poder respirar.
- Mas, lhe mostrei coisas bonitas, a deixei livre quando possível. Não bastou? Hoje, a sigo em pensamento. Vejo que está solta no ar, tão longe. Alguém a esperava no aeroporto? Está tranqüilo aqui, em paz, seguro. O que você tem aí, o que foi buscar?
- Tudo esteve quase sempre tranqüilo, só faltava espaço. Eu queria alguém que gostasse de mim não só de você, tivesse cuidado comigo, alguém um bocadinho mais igual para dividir algumas coisas. Cresci, não sou mais menina. Você pode me compreender?
- Sim, querida. Eu também cresci. Sei que a gente discutia, por conta desta sua..alergia, insatisfação, mas hoje que a vida me parece tão curta, eu a compreendo muito mais. Fui prepotente, achei que era a mais forte. Desculpe se não lhe dei espaço, você devia ter sorrido,brincado mais.Você ainda é parte de mim, a melhor, e sinto falta de sermos nós.Volta!
- Não sei voltar. Se fingir que volto, você fica feliz de verdade?
- Bobagem! Era com você que tudo se fazia bonito. Sua ingenuidade...temo por você.
- Vou confessar, mãe, agora não sou mais ingênua, também tenho medo. Vou lhe dizer, nada volta a ser como antes, nada. A não ser nos quadros que pinta. E não é bobagem!
- Juntas, a gente era feliz. Um dia ainda vou buscá-la. Você é minha inspiração, meu entusiasmo. Sabe as plantas, tudo seco, nem ligo mais.Você, pelo menos está feliz?
- Mãe, não faz isto! Chantagem era coisa da vó e do pai, lembra? É inverno, por isto tá tudo seco por aí. Não provoca, que de repente volto e vou lhe buscar! E você, tá feliz?
- Você, sonhando outra vez. Imagine, o que iam pensar de nós? Envelheci. Se demorar, não me reconhecerá mais. Iam dizer - o que aquela velha pensa que ainda tem?
- E desde quando você ligava pra o que os outros, além dele, pensassem. O que você pode ter, uma vida inteira?  Qual o tamanho da nossa vida? E você inteira nela - não seria bom alguém ver você inteiramente?
- Ah, isto sim. E, quem vê você? Acredite, agora está tudo bem, tenho quem me cuide.
- Que bom! Deu tempo? Você ainda não me disse se está feliz.  
- A vida não é só sonho. Quando a gente envelhece, ganha sabedoria...Nem tudo que se deseja...Felicidade está nos pequenos momentos e em lembrar...Você e seus sonhos!
- É disto que ainda sou feita, é minha natureza. E você, encontra felicidade ao lembrar?
- O momento presente é o que importa, menina! Cria juízo pequena jóia de minha alma, parte que é minha, e volta para mim. Não sei o que você viu, que a levou daqui.
- Eu pressenti, depois, acredito que vi. Então desejei. E agora...
- E agora, como é o que encontrou?
- Ainda não sei. Tenho medo de não haver nada, talvez eu esteja só, para sempre. Já pensei voltar, mas quando olhei para trás, não vi minhas pegadas. Vai ver que voei! Eu, que tenho medo de alturas, não é engraçado? Eu, que só me sentia segura na nossa intimidade. Também sinto falta da sua paz, do seu aconchego.. Você ainda tem paz?
- Não sei viver sem sua confiança ingênua, ninguém percebe como me esforço, mas não sou a mesma, falta algo. É tão louco isto! Meu coração está com você. Por que deixei a vida nos separar? E você, é a mesma? A gente se encontra em pensamento outra vez?
- Não, não sou a mesma, falta você. E, nos pertencemos mãe, portanto, vamos nos encontrar em algum lugar, prometo. E aí, se ambas formos felizes...
- E aí, será para sempre?

  Foto: pode ter direitos autorais - Google images  
Texto: Vera Alvarenga

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

" Como está o jogo, lá em casa?..."

 É impossível ler o texto de Rubem Alves e não parar um segundo para  responder a uma pergunta que aparece imediatamente a nos sondar, incomodar ou não...
  "- hum......Que tipo de jogo eu e meu/minha companheiro/a estamos jogando, afinal?"
Como está sendo o jogo principal de nosso relacionamento ? algo como o frescobol, que jogamos como amigos, na praia ao por do sol, para juntos ver passar o tempo de uma das melhores formas que se há de passar, com alegria e desejo de compartilhar bons momentos?
Ou será como o jogo de tenis, em que um interrompe quando o outro quer brilhar, um humilha e dá "cortadas" enquanto o outro se retrai ou se cala, um quer competir e ganhar sempre enquanto o outro quer apenas se divertir... Rubem Alves acertou em cheio quando fez esta alusão ao jogo... adorei o texto que recebi por email ( Tenis e Frescobol).
Passamos anos querendo jogar frescobol com alguém que gostaria de estar competindo pela medalha no tenis? E, um dia, quando enfim percebemos isto, olhamos para nós e percebemos que não nos tornamos o melhor que podíamos ser, como simples jogadoras do jogo da vida como costumo dizer, porque humilhadas, muitas vezes nos calamos, mas acabamos por perder a confiança e o brilho no olhar de total admiração pelo amor de nossa vida...um tipo de amor, um tanto minguado pelo jogo pode continuar, mas a alegria no olhar estará lá ?! Como competir, se seu intuito não é vencer? Como se defender, se cada jogada pode parecer ao outro um sinal de ataque?  Requer muito gasto de energia, um jogo jogado desta forma!
 Ou pode acontecer ainda o pior, se nos deixarmos amargar e nos tornamos parceiros secos, a revidar as cortadas. O inevitável é que, quem é sempre interrompido no seu prazer de viver compartilhando suas alegrias e sonhos, acaba ficando magoado, ou ainda com raiva. É um jogo fatal, quando jogado no relacionamento a dois! Na maior parte das vezes, em nossos relacionamentos jogamos ora frescobol, ora tenis. É preciso atenção e esforço mútuo para permanecer com as regras sem vencedor único do frescobol, firmes em nossa disposição e determinação de compartilhar o grande jogo da vida, pelo prazer de viver... não de competir ou de tudo transformar em contenda.
   Deixo aqui um pequeno trecho do que Rubem Alves escreveu, para servir de reflexão, afinal, ainda pode ser tempo de "mudar o jogo"! Ou de procurar outro parceiro, dependendo das circunstâncias e do que se queira respeitar dos próprios limites e da vida.

"Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão... O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim..."

E então...como está o jogo lá em casa? ? ? 
A única certeza que a maturidade me trouxe a este respeito é de que é preciso além da consciência para escolher as regras do jogo, TER CORAGEM, para não se render a um jogo que não se quer jogar! Precisamos coragem e condições para enxergar se nosso companheiro/a  escolheu espontaneamente jogar como adversário/a ou como  parceiro/a, pois é importante definir isto, a fim de que se a gente decidir gastar energia querendo mudar um pouco o "espírito" do jogo, ou "combinar" as regras, isto possa ser realmente aceito por ambos, com comprometimento espontâneo. Ou alguém sairá lesado.... 

Texto : Vera Alvarenga, baseado no maravilhoso texto de Rubem Alves(Tenis e Frescobol)
Foto retirada do Google ( foto de Rubem Alves)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

"Desejo..sinal de nossa humanidade..."

Fim de ano - fiz meu balanço geral!
Nunca penso que a vida tenha de ser "suportada"!
Tem de ser vivida com alegria e responsabilidade e, nos momentos difíceis, com coragem e disposição.
Disposição é determinação interna,que nos ajuda a nos manter dentro do padrão que a gente acha que é verdadeiro e bom, sem esquecer de ser justo.
Espiritualmente falando,seria ideal se não nos apegássemos nem aos momentos de alegria junto a quem a gente ama, nem aos que foram ruins.Seria ideal nos mantermos em atitude de desligada neutralidade, aceitação e de fé, para evitarmos agir indo em busca, ou "forçando" ou ainda "criando ilusões" sôbre aquilo que gostaríamos de receber "espontâneamente". É o que se chama manter a "independência interna"!
   Com certeza, este foi um ano muito difícil na minha vida;está finalizando ainda mais complicado, pois no momento em que percebo a necessidade de mantermos independência financeira, a fim de mantermos nossos padrões do que é bom, ao mesmo tempo, os meios para esta segurança estão ameaçados! As pessoas que nada sabem, repetem frases feitas, como se nosso corpo também não tivesse necessidade de comer e dormir em segurança, pelo menos ao lado de quem a gente conhece,como se não tivéssemos direito ao medo, como se os psicologismos fossem todos aplicáveis igualmente em todas as situações, como se fraqueza fosse a daqueles que ousaram acreditar e se manter em paz, e não ,daqueles que não conseguem aceitar sem raiva que o mundo não lhes obedeça.  Foi um período em que escrevi muito sôbre mim, olhei para mim mesma como se fosse hábito meu! (quem me conhece sabe que não!). Foi um tempo de aprendizado dolorido sôbre minhas próprias limitações, sôbre o que eu consigo "suportar" ainda tentando manter equilíbrio e boas qualidades. Além disto, percebi o quanto todo meu esforço para evoluir espiritualmente, pareceu quase nulo, quando me deparei com o desejo de ser abraçada, num relacionamento verdadeiro, onde o outro realmente se importasse comigo.
   Este desejo quase incontrolável de que Deus, tendo ouvido minhas orações, me enviasse a oportunidade de amor, de um recomeçar de forma mais madura com a pessoa que esperasse o mesmo da vida,caminhando com gratidão, alegria e responsabilidade, tanto quanto eu... este desejo de fazer as coisas de maneira correta... me fez ver que ainda estou longe de um desenvolvimento espiritual a ponto de amar apenas incondicionalmente ( a não ser filhos e netos), ou apenas confiar. É porque desejamos compartilhar, que nos decepcionamos ou criamos ilusões! Não porque queremos demais, mas porque temos pouco! A ilusão talvez esteja também em pensar que podemos ficar sozinhos, pois no meu modo de sentir a vida, se eu devesse ficar só, teria vindo com os dois sexos e, em sentimentos seria completa em mim mesma!
   Pois termino o ano, com a clareza de sentimentos de que seria muito mais fácil e produtivo,até para o desenvolvimento espiritual, se pudéssemos enfrentar todo e qualquer desafio material, tendo a chance de olhar para os olhos do companheiro e ver que, apesar das diferenças, o mesmo carinho ( desejo de cuidar) se refletiria, como num espelho,mostrando a similaridade de disposição para o querer bem . Sou um ser humano comum, uma mulher que desejaria receber carinho e cuidados tão espontâneos,como os que sou capaz de dar, quando digo que amo. Quero ser respeitada como aprendi a respeitar.
  Que possamos todos, começar um ano renovados em energia, e ainda com muita fé no amor, que embora humano, é o que podemos ter, uma vez que não somos ainda apenas espirituais...e que esta experiência não seja apenas de aprendizado, mas de alegria e realizações até porque devemos ter o devido respeito ao ser espiritual e divino que trazemos dentro do humano que somos! E, se creio que Deus nos criou, não foi por certo para nos ver infeliz, mas para vivermos felizes ao lado do nosso companheiro que descobriremos ( ou não), que está ao nosso lado porque deseja desenvolver e exercitar o melhor que há em si.

Texto e foto; Vera. Alvarenga

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

" ..então serei a mais corajosa das mulheres"!

Comentei algo no post de uma amiga (Jackie), que falava sôbre a importância de reagirmos e não nos fazermos de vítimas de nós mesmas.Quis trazer este comentário aqui.
Quando eu disse que aprendi muito este ano, não quis dizer que aprendi a dar a volta por cima e me transformei numa mulher mais forte!..kkk......ainda não, embora esteja muito melhor, ainda estou inconformada comigo mesma! Eu vejo todo mundo dizer aqui que se julgava vítima,agora descobriu que não é por aí,reagiu,ficou forte, aprendeu.. Comigo foi o contrário, fui na contramão !- A vida inteira fui forte,nada era suficientemente pesado, tudo podia vencer, eu tinha tudo!! ( mesmo quando por pouco tempo, só coloquei na mesa arroz e vagem, ou um peixe espada comprado com a moeda que encontramos na praia).Eu nunca fui vítima, porque achava que vivia a vida como uma aventura, com todas as consequências intrínsecas! Eu era apaixonada! e apaixonada pela vida!
Eu tinha tudo(mesmo quando lutava pelo amor) enquanto tinha fé e amor no MEU coração! Eu amo meu amado com todo o meu sentimento, com toda a nossa história, com todo o meu carinho,não preciso perdoá-lo, POIS SOU GRATA A ELE, POR TANTAS COISAS, mas preciso reencontrar minha paixão( esta palavra não exprime bem o que eu gostaria de dizer, porque "paixão" é conceito desvalorizado e estou falando de FÉ pela vida, algo que nos sustenta interiormente)!
Quando, aos quase 59 anos, não encontrei mais no MEU coração aquilo que me sustentava, me fazia renascer no meu próprio jardim, então me assustei e comecei a me ver como vítima, de mim, do outro, do meu próprio modo de levar a vida. Mais ainda quando me apaixonei por um sonho! O chão me faltou, tudo começou a me parecer sem sentido, e eu me vi como sou - tola, fraca, tão acostumada ao amor que eu sentia, que não sei ser , sem ele. Cheguei a desejar voar para outro jardim, achando que esta era a atitude a tomar. E não adianta tapar o sol com a peneira.Foi isto que ocorreu quando me cansei de "amar e respeitar" o outro mais do que ele me amava! Então, decidi que era tempo de amar a mim mesma! Outra ilusão...serve para colocar os pingos nos "is" e distrair o tempo, mas não "sustenta" (não a mim!) 
O que aprendi foi isto, a gente é vítima, quando não sente amor pelo outro como antes! Uau!! Será que é mais importante então, amar do que ser amada??? Que surpresa!!Claro que eu quero ser amada sem tanto egoísmo, com atitudes coerentes com as palavras, pois se deixei de amar como antes, porque não o era! Mas, juro, preciso REAVIVAR A PAIXÃO, encontrar em mim a alegria de poder entregar o amor em total confiança, e portanto, amar com "paixão", a ponto do amor poder sustentar-se a si mesmo, talvez! Que contradição!  A vida é tão boa pra mim, quero partilhar isto!   
     Então, ainda me emociono quando penso que me apaixonei por um sonho( e o que será esta vida, senão uma ilusão?), mas não vou me entregar... estou aprendendo, não a encontrar a lutadora que sempre fui, NÃO! mas a reencontrar dentro de mim mesma o amor, aquele sentimento de amor especial (ilusão ou não), que me sustentava interiormente, e que eu oferecia ao outro, pois minha natureza se acostumou a isto, a ser feliz, e sou mimada a este respeito, quero sentir-me de fato feliz como eu era, eu me fazia feliz porque acredito na felicidade! É a minha verdade! Quando eu não precisar mais apenas sonhar, e reencontrar esta minha essencia que me capacitava para amar do modo que eu amava, totalmente confiante e entregue, eu nem precisarei buscar a mulher lutadora dentro de mim, porque novamente estarei em paz, e terei a alegria serena que me fazia ser a mais corajosa das mulheres, embora saiba que não precisarei mais lutar!
Texto e foto : Vera Alvarenga

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Um presente em boa companhia...

Ontem me dei de presente, uma tarde especial!
E o melhor, tive companhia! enquanto minha norinha Lika foi ao dentista, fui caminhar um pouco no Shopping Morumbi. Há quanto tempo não fazia isto! Como está diferente tudo por lá, pela minha terrinha e bairro onde morei! Tudo lindo!
Descobri um sorvete com frutas..humm..delícia!
Depois, fomos ao cinema assistir Avatar, versão longa em 3D. Fantástico o filme e a mensagem de que há algo comum a todos nós, seres vivos desta Terra - o espírito da Natureza deste mundo no qual queremos viver e desejamos deixar para nossos netos, que deve ser respeitado e preservado!
Além disto, o bom foi assistir o filme em uma boa companhia! ela sabe que, cinema hoje em dia, tem uma atração(alegria) a mais ( pipoca! pic nic! hehehe)! E durante e depois, pudemos comentar a respeito. Fizemos uma viagem maravilhosa, durante a qual conversamos sobre espiritualidade, amizades, sentimentos, netos, maridos, carro... Sorrimos, tomamos lanche,rimos, lembramos de coisas pelas quais já nos emocionamos. Tivemos o mesmo desejo de que Deus nos protegesse na viagem de volta e fizesse a gasolina aguentar até o próximo posto(saímos de São Paulo às 23:45 !). Deu tudo certo ( mas quando eu for sozinha, volto mais cedo! rs..)
  Voltamos em paz. Amanhã, esquecerei o filme, mas nosso coração foi preenchido.
  Sou grata a Deus por poder ver( o filme) e perceber tantas outras coisas.
  Todos nós devíamos nos dar este tipo de presente, de vez em quando..sair com uma boa companhia com a qual a gente possa contemplar o movimento e comemorar a vida! Isto é impagável e nos alimenta da energia boa que transbordará de nosso coração, em diferentes formas, depois.
Texto e foto: Vera Alvarenga

sábado, 31 de julho de 2010

" Só o amor venceria a morte! é este meu sonho!"

   - Então, hoje está um dia lindo! Vamos ao zoo? Podemos caminhar devagar, na sombra das árvores..
   - Não.
   - Escuta só. Eu levo uma mochilinha com um lanche, fazemos um pic nic! Vai ser gostoso. A gente vai rir, ver gente feliz...
   - Não quero ir não. Já faço meu exercício toda noite no banheiro.
   - Amor, a gente trabalhou, o sol tá lindo, vamos nos divertir um pouco, enquanto a gente tá vivo, pode andar, tem saúde. E posso tirar aquelas fotos que..
   - Vai você sòzinha, então!
   .................................................................
  30´depois....
   - Bem?! onde você está? está muito ocupada aí no computador?
   - Por que?
   - Vamos sair um pouco, então? Vamos comigo ver um carro na concessionária? Se a gente gostar, vou estudar a possibilidade de trocarmos o carro.
   - Ah,... não! Vamos deixar para fazer isto durante a semana, tá bem? E eu já sei como é... nossos gostos são tão diferentes. É melhor você me chamar quando estiver entre duas opções, que realmente a gente possa comprar. Hoje é sá..ba..do..meu amor, não é dia de trabalho, não!  É dia de relaxar, colher frutos, descansar, fazer coisas gostosas juntos, sabe? Pra ter mais vontade de comemorar à noite, a felicidade das coisas simples, fazendo amor...A gente não precisa esperar férias, uma vez por ano, para ser feliz... a gente não precisa esperar ficar velhinho para descobrir que podia ter tido uma porção de dias mais felizes, sabia?
   - Pronto, lá vem você...fique quietinha. Não comece com suas cobranças! Volta para o seu computador, eu vou pra minha TV...
   - Sabe o que é? Você gosta de falar de reencarnação, vida após a morte...Eu ainda estou viva, na única vida que conheço. Sabe mesmo o que eu penso? Sabe o que é realmente meu grande sonho, minha fé, minha crença? Pra mim, só o amor verdadeiro, aquele que quer dividir coisas boas, que é leve como o espírito, seria capaz de sobreviver após a morte, só o amor venceria a morte! Sem ele, a gente tá sózinho e já está meio morto, desde já ! Você pode entender isto? Que não adianta se preocupar tanto com a outra vida, se a gente deixa escapar esta?
   - O que? Tô ocupado aqui com este controle da TV que às vezes falha!... E ela ouviu algo parecido com : "Depois a gente conversa sôbre isto". Teria mesmo ouvido tais palavras? Seria uma promessa, que bom!
   - O que disse, amor?
   - Que não quero mais falar sôbre isto!
   - Ah! Hum..hummm....


texto : Vera Alvarenga
foto: arte Neli Neto(como consta na foto)

 

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