Mostrando postagens com marcador brisa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador brisa. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de outubro de 2011

Queria ser brisa para beijar-te...

    Hoje eu queria poder ser como o vento de primavera que leva consigo o perfume das flores, e passando por teu rosto, o faria levantar-se. Te distrairias, por curiosidade, do que te mantinha dentro do espaço cujos portões de ferro são pesados demais para minhas mãos abrirem e sairias para sentir o vento. E ele seria, em teu rosto, o meu beijo.
  Feliz e forte, como ventania, aos teus olhos incrédulos, varreria folhas secas e rugosas que o inverno teima em mostrar-te para te fazer sofrer. Num segundo me tornaria cálida e terna como brisa de verão para aquecer teu coração. Como brisa fresca, traria leve frescor para nossos corpos e libertaria nosso espírito.
   Eu me sentiria bela e te faria belo, e juntos, sem pressa dançaríamos a nossa dança. E eu iria envolver-te inteira, varrer do teu tempo e do meu, tudo o que fosse mau. E em nós e nossas lembranças traríamos todo amor que aprendemos e já pudemos sentir por alguém, o mesmo amor que já nos alimentou, ele que nos alimentaria ainda e  através de nós e de outros, alimentará o mundo, sempre e sempre.
   E antes que tivesses medo e te fechasses pra mim, ou que tua face se tornasse de novo séria e dura, ou triste, e que em sua fronte se fizessem as marcas de um olhar novamente descrente e distante, e que por isto minha alegria se dissolvesse, eu me afastaria de ti. Porque tenho medo de ficar novamente do lado de fora de qualquer fortaleza, porque sei que não sou perfeição nem solução, mas apenas amor que precisa se dar e receber, então, por este meu próprio medo e minha fraqueza, eu me afastaria, mesmo que longe de ti me sentisse morrer de um amor que não se fez por inteiro.
   E, no fundo do meu coração, prisioneira, esperaria que um dia tua mão viesse me buscar...
Texto: Vera Alvarenga
Fotos: retiradas do Google images-não estava citada a autoria.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"Cadê você, mulher perfeita?"

- Dou um doce se me disser no que estava pensando!
- Ah, você está aí?
- Não disfarce! me diga o que lembrava do passado que a fazia sorrir deste modo tão delicado?
- Não era no passado que eu estava...só estava imaginando coisas...ia ser tão bom, se acontecesse o que de repente me vem a mente,de vez em quando.
- mmm..... você parecia leve e feliz como uma pluma a deixar-se levar pela brisa. Por que esta cara agora?
- É porque você me fez voltar e, isto me traz saudades.
- Ah, agora está a lembrar de algo que viveu no passado! eu sabia que ele viria, mais cedo ou mais tarde, roubar-lhe o tempo, momentos preciosos que a gente só pode viver se entender que a vida só se faz aqui, no a..go..ra, no presente, mulher! Olhe para seu rosto, no reflexo do vidro do carro. Tá vendo? Olha bem. Esta é você. Aliás, sou sua fã, você é legal. Aceite o presente e viva nele. Não importa que sua pele esteja um pouco menos jovem, seca como esta folha...é o que você é, é sua vida, é você!
- Pare com isto,senhora maravilha! Você é chata! Sei o que sou e como estou. E, se quer saber, não estava a lembrar nada do passado, não senhora!
- Como não? Saudades a gente só tem de algo ou alguém com quem viveu momentos no passado!
- Vou lhe explicar...só desta vez. Sempre vivi, digamos, uma convicção - só podia viver daquela maneira, sentindo as coisas daquele modo. Contudo, o amor, a vida, nem sempre são como a gente pensa que deveriam ser. Não era tão real então, certo?
- Ah, sempre lhe digo isto! Realizar é bem diferente do que apenas sonhar!
- Sei disso, realizar, claro que seria melhor...nossa, como seria! Viver isto seria, seria... como somar as experiências todas, só para levar em conta as prioridades, entende? Seria como descobrir um segredo que todos querem, bem, não importa agora. Ilusão por ilusão, prefiro a que me faz sorrir, embora logo depois me traga esta saudade, que me deixa triste por uns minutos. Mas aí você sempre vem, e eu caio na real! Tá satisfeita agora?
- Estou sim. Seja ponderada. A gente só é feliz quando a alma está no presente, junto com o que se tem.
- Pois vou lhe dizer, não estava vivendo no passado, recordando o que não posso mais reviver! ...estava vivendo um sonho...que é real a cada vez que, por um segundo, me vejo nele...com ele, e então é tempo presente, e me deixa feliz, e o relógio para, não temos corpo, nem peso, a brisa sopra, nos sentimos leves e a magia se faz, como se o destino estivesse em nossas mãos, em meu coração, e minha alma se ilumina. Não posso evitar. Não preciso esquecer ou perdoar o passado, enquanto eu não precisar apagar o sonho presente.
- Você é tola! não tem juízo! Esqueceu tudo o que já estudou? Só se vive o presente, o que se tem na realidade...
- Você está surda? O que eu tenho, no presente, na realidade é unicamente este sonho! Não vê? Enquanto eu tiver forças para sonhá-lo, mesmo sem poder tocá-lo...é o meu sonho! Quando eu deixo que este sonho me toque , eu vivo, respiro em meu corpo, e ele reflete o que de melhor sempre houve em  mim. Sacou? E aí?....cadê você mulher perfeita!?...o que tem pra me dizer ainda?

Texto e foto: Vera Alvarenga

Clic para compartilhar com...

Compartilhe, mas mantenha minha autoria, não modifique,não uso comercial

 
BlogBlogs.Com.Br
diHITT - Notícias