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segunda-feira, 21 de junho de 2010

- " E se a evolução espiritual se der ao contrário ?"

De repente me passou aqui uma idéia maluca e vou brincar com ela. E se fosse o contrário? E se o processo de "evolução" espiritual, caminhasse ao inverso do que costumamos pensar?
Explico: Recebi esta manhã um email da Carol, em que aparecem fotos de lindos cães e em cada uma delas, uma frase, que nos chama a  refletir sôbre nosso comportamento... E eu ia lendo:
- " Se consegues como ele, estar de bom humor,sabendo ignorar os teus males e dores (bem, para algumas delas, eu orgulhosamente pensava que já estou quase lá)...e nunca te queixar (nem uma vez ?)...se consegues acreditar que cuidarão de ti até o fim da vida (bem,é preciso muita confiança no outro,como ele pôde confiar em mim, mas agora, já não sei se posso entregar-me assim)... aceitar todas as críticas sem ..(aí já está ficando difícil) e suportar as grosserias de certas pessoas (claro, pegaram no meu pé, "certas pessoas" são bem aquelas que nos são muito importantes, ou eram) sem as corrigir... ( Pronto, aí já é impossível e falei alto : Neste caso eu já seria certamente um cachorro! ora bolas!)
   Pois foi aí que me apareceu esta idéia estapafúrdia na cabeça, da qual ri, sòzinha aqui comigo e resolvi compartilhar... só para gente sair um pouco das rígidas certezas e brincar com a imaginação... Pois vamos imaginar por um instantinho, que estávamos todos lá no paraíso, criaturas perfeitas criadas por Deus e, após o desejo que nos fez morder a maçã e sonhar em sermos pequenos deuses aqui no universo que criamos...esquecemos de tudo, de como éramos criaturas divinas e um só com ELE... então...porque o paraíso não nos bastou...
   ...Tudo aqui começou a acontecer..coisas lindas que criamos e outras coisas, terríveis. E um dia inventamos que sabíamos como iríamos ter com ELE novamente...e inventamos mil maneiras diferentes, só porque tínhamos esquecido que éramos um só. E inventamos esta coisa toda de evolução espiritual... Quem sabe, será ao contrário? quem sabe nosso orgulho irá diminuindo aos poucos, e seremos como os cãezinhos mesmo, e depois como as pedras, sem orgulho mais nenhum, apenas participantes do todo, da natureza... e depois seremos flores ( para nos encher de toda a beleza do mundo)... e depois cada vez mais uma forma delicada, etérea, dividida, multiplicada, presente em cada ser...o próprio ar,talvez...ou os pontinhos brilhantes que alguns chamam de prana... e seremos livres do ego e seremos novamente, finalmente, um só com ELE... e sorriremos no sorriso Dele, e vamos plasmar em nosso pensamento um mundo novo, de seres angelicais...porque não saberemos, estando Nele, o que é egoísmo e vamos querer criar um novo mundo de PAZ ... e a vida em suas milhões de diferenças, começará novamente...
  Nossa! Em pleno início de semana pensar estas coisas... bem, preciso ir almoçar agora e voltar a trabalhar, antes que perca o rumo e saia latindo por aqui... Mas que os cãezinhos nos dão exemplo de comportamento, ah, isto dão!
  Texto : Vera Alvarenga
 Foto : Vera Alvarenga

quarta-feira, 21 de abril de 2010

- " Uma Grande Mudança - Parte II - Sôbre meu cão Willie..."

   Como dizia no post anterior,esta foi uma grande mudança, inclusive de decisões tomadas anteriormente.
    No ano passado juntei dinheiro e comprei meu filhote de Shih Tzu - Willie. Desde menina convivi com cães. Foram vira-latas,fox paulistinha, uma mini poodle inteligente,mas com um latido fininho que irritava meu marido e porque ele ralhava com ela, a danadinha começou a fazer cocô, bem na porta de entrada do aptº,e somente à noite. Até hoje desconfio que ela quis chamar-lhe a atenção.Na disputa,ela perdeu e, claro, mudou-se para uma nova família. Depois,tive pastores alemães por causa dos meninos que me diziam que queriam cachorro "de homens"...
Finalmente uma Cocker, a primeira adorável companheira de verdade, pois ficou comigo dentro de casa, mais próxima portanto, e me acompanhou por 14 anos, e no tempo em que moramos em Florianópolis.
  Ela entendia tudo o que dizíamos. Grande caçadora! Por algumas vezes,quando suspeitava que tínhamos um bicho em casa,como um camundongo, lagarto ou gambá, eu ficava apavorada e pedia socorro ao marido. Este me dizia se tratar de "cisma" minha, que era medrosa, ou apenas um cocozinho de lagartixa (hã, hãn?).
  Mas Cora, sabia das coisas! Eu a chamava e ela, imediatamente começava a farejar. Logo descobria o rastro do invasor e onde estava escondido. Não falhava! Era minha heroína junto com o maridão que acabava tendo que ir tirar o bicho encurralado no lugar, onde não deveria ter ousado se alojar! Grande amiguinha e companheira corajosa, a nossa Cora! Nós a admirávamos por sua inteligência.
   Ela foi adotada, nos primeiros meses,por nossa pastora alemã e aprendeu com esta, a ficar de guarda na porta do local onde eu estivesse trabalhando. Era destemida, obediente, talvez pensasse ser também uma pastora! Mas, tinha um cheiro horrível, de vez em quando...Depois que ela morreu, pensei em não ter mais cães em casa.
   Aguentei firme até ano passado. Pesquisei. Queria um cão pequeno, leve para eu poder carregar, companheiro,que latisse pouco, que convivesse bem com outros cães e com meus netinhos, e que não tivesse cheiro ruim, quando molhado... Willie foi a escolha perfeita!    Contudo, nesta mudança,desisti também dele, que era de inteira responsabilidade minha, como havíamos combinado quando decidi comprá-lo. Foi uma escolha que fiz pensando no bem estar dele e em respeitar meus novos limites, dos quais ainda não tinha me dado conta, tão claramente. Fui imprudente ao levá-lo para casa,pensando na alegria que sua presença traria a mim e aos netinhos.
  "Precisamos ser responsáveis por aqueles a quem cativamos", não é? Ele ficou com uma amiga que o adora e suas duas jovens filhas, que vão mimá-lo, numa casa alegre, onde não ficará sozinho, como quando eu passava o dia todo no trabalho.
   Recentemente, quando quase me separei de meu marido entrei em contato com realidades que me fizeram pensar... não quero ter um adorável amiguinho dependente de mim, se não posso dar-lhe o que ele poderia precisar receber. Sei que sentirei falta dele, cujo caráter era ideal para quem queria um amigo macio, alegre e que gostasse de receber e dar carinho. Quando fôssemos viajar para visitar um filho ou para trabalhar, não teria com quem deixá-lo. Fica mais fácil termos "alguém" que dependa de nós,quando temos mais alguém com quem dividir esta tarefa.
   Já tive uma gata quando adolescente. É mais independente e não requer tanta atenção. O cão é diferente. Fica triste quando estamos tristes, ou quando não lhe dirigimos o nosso olhar. Gosta de tranquilidade mas não de solidão, quer agradar seu dono e adora receber reconhecimento. Quem tem um cão sabe, que ele retribui em dobro o carinho que lhe damos!
   Eu e os cães temos muito em comum (he,he,he). Ele é o animal que "toca" você e gosta de ser tocado, de se aconchegar. Se formos ter esta responsabilidade é preciso ponderar sôbre as condições reais que temos para mantê-lo bem e decidir pelo melhor para ele.
   Não posso me arrepender por esta decisão, pois neste assunto, não tive coragem para arriscar. Não seria justo! Nossos gentis amigos cães, companheirinhos fiéis para toda  hora, merecem o melhor de nós.
   É interessante que neste momento, percebo que me sinto como uma cebola, a ser descascada por mim mesma, é claro. Meu coração não chora, mas se recente sim, por algumas perdas. São cascas que não nos servem mais, são pesos a menos para carregar, talvez sejam algumas perdas necessárias, outras, que machucam ao deixarmos que se desprendam de vez... espero que eu possa descobrir que uma essência melhor, talvez mais saborosa e até doce, macia e clara, ainda possa me restar em mim, depois de tudo.
  Vocês já se sentiram assim, como se estivessem descascando a si mesmos?

autoria: Vera Alvarenga
fotos: Vera. 

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