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segunda-feira, 4 de março de 2013

Joaninha dourada.

Lá fora, as meninas tomavam sol para bronzear, ainda mais, suas peles douradas. 
Ela não precisava disto. Sua cor fixara-se  naquele tom e lhe ficava bem. Estava despreocupada, a vida relativamente calma ainda que apresentasse os riscos de sempre. Resolveu, desta vez, seguir por aquele caminho, um tanto escuro, mas só pra ver no que dava. E a mulher que já conversara com ela algumas vezes, com voz macia lhe disse:
- A, de amor.
Continuou seu caminho, explorando...
- M, de meu.
Isto ela tinha aprendido bem. Em seu mundo era preciso, para a própria segurança,  distinguir rapidamente o que era importante e seu, daquilo que não era!
- E, de eu. Não tem jeito, a gente tem que começar por aí. Você é esperta! Vamos ver pra onde vai agora.
Desconfiou que a outra, embora lhe desse total atenção, estava também divagando. Mesmo assim, sua curiosidade a fez continuar naquele jogo que começava a fascinar a ambas, de algum modo.
- Incrível! Você parece estar sabendo para onde ir. Será que está ouvindo o que estou lhe dizendo?
Claro que ela ouvia. E também não era burra. Viviam em mundos diferentes, mas algumas coisas são comuns na vida de muitos. Conhecia os significados, só que antes, não precisara dos símbolos para compreendê-los. Palavras não eram a coisa principal de sua existência, mas a vida, a vida era sim, com certeza. Foi para o “n” , curiosa para saber o que a outra lhe diria.
- N, de nós.
Tá, parecia fazer todo o sentido do mundo depois do meu e eu.  Pulou então para o “i”.
- I, de intimidade. Como é bom quando podemos viver isto com quem ...
Sorriu. Algo em sua natureza  aguçou seus sentidos. Teve uma idéia e um arrepio gostoso passou pelo corpo. Dali mesmo ela pode ver que, pulando uma letra, havia novamente o “A”, de suas asas. Não tinha o dia todo pra ficar ali. A vida passa depressa!
- Ah! Tenho de tirar uma foto! Disse a outra. Espera um pouquinho... legal, consegui! Hei, já vai?
Se pudesse falar, ela daria um adeus à sua amiga e diria: - V, de “Valeu”!
Mas não podia, não precisava. Apenas queria viver...e voou...
Texto(crônica fotográfica) e foto:Vera Alvarenga

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