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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O nó da gravata e o lamento...

Não, não quero falar sobre como uma gravata bem escolhida pode contribuir para a elegância de um homem, mesmo porque, a elegância também está nos gestos
e num conjunto de coisas...
 Nem entrar em considerações de que ela seja considerada um símbolo fálico, ou dizer do prazer que um homem deve sentir ao poder relaxar e desapertar o nó da gravata para em seguida tirá-la...
   Por falar em "nó da gravata", é este exatamente o nome do livro de crônicas de Gióia Júnior que eu peguei emprestado outro dia. E, dele quero falar. Folheando-o resolvi começar a ler uma página que me chamou a atenção logo de cara, pelos inúmeros "ais" com os quais ele começava cada frase desta página. O título da crônica não podia ser outro : - lamento.
  E então ia o autor se lamentando, contudo devo dizer que o fazia com bom humor. E eu ia acompanhando-o em seus lamentos. Em alguns sorria, em outros como os que ele se lamentava por não estar no aparthotel Meliá à hora do café da manhã ou lembrava o azul do mar da Grécia, eu pensava...- pudera! até eu! e substituía alguns pelos meus momentos especiais. Não que eu costumasse me lamentar, mas até que neste tipo de nostalgia bem humorada eu podia embarcar...sorrindo.
  E ele falava da poesia de Neruda, dos canários perto de sua máquina de escrever, dos meninos de Viena cantando a Flauta Mágica de Mozart, e até de Paris. Ah! esta frase, quase a coloco aqui, porque confesso, o invejei quando ele fala de acordar numa cama macia em Paris, ao lado da pessoa amada sabendo que se teria ainda muito tempo para se "curtir", um dia, uma semana, um mes, uma vida! Ah!...ou seria melhor eu dizer também...- Ai !
   Eu seguia com ele, mas imaginava o que ele dizia sem na verdade conhecer de fato a experiência. Contudo no final, o último parágrafo quando ele começava assim: " Por que me machucais lembranças minhas?" Ai! E neste momento me vem uma das raras e fortes saudades que recentemente tenho...do que parecia tão perto e, como ele diz em parágrafo anterior -"distante agora, ausência sem remédio".  No último parágrafo ele de fato colocou aí exatamente o que já experimentei e já escrevi sobre, com alguma diferença pouca nas palavras. O sentido, porém, o sentido não apenas das palavras mas o que foi sentido por mim e por ele foi, acredito, algo muito semelhante! Semelhante demais! Sei o que é. Adorei a crônica! Sorri do bom humor dele, algo que tenho de aprender em relação a esta nostalgia.
   É neste ponto, na alegria, na dor ou em especiais sentimentos que nós, seres humanos, apesar de muito diferentes e de termos cada um uma única digital, um único conjunto de experiências, é aí nestes sentimentos que, apesar de tudo e de toda a diferença, quase nos igualamos... agora, como cada um de nós reage, bem, isto vai depender das nossas digitais...

Foto retirada do Google imagens
Texto: Vera Alvarenga
Inspirado na crônica " Lamento" do livro " O nó da gravata" de Gióia Junior

..."Por que me machucais lembranças minhas? E no entanto eu não saberia viver e nem a vida teria motivação um minuto sequer, sem a vossa presença." !!!!!!
 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Eu e Veríssimo no Hospital !

  Eu conhecia apenas o pai. Ele não. Sinto muito, não tinha tido oportunidade, nem tempo enquanto trabalhava de domingo a domingo na cerâmica.
E, nas horas de folga outros problemas ou tarefas ocupavam meu tempo. À noite? muitas vezes em sonho, eram as novas idéias para os desenhos e relevos nas peças de artesanato que me povoavam a mente.
  Até um dia em que voltei a ter um tempinho... comecei a escrever e um amigo me falou dele. Curiosa, quis conhecê-lo. Ultimamente estamos sempre juntos. Na sexta-feira inclusive, foi comigo ao hospital, levar a nora que estava com uns sintomas... não sabíamos de que.
  Com ela tudo bem. Foi logo atendida, eram sintomas de uma virose. Foi medicada, no soro e esperando resultados de exames enquanto eu e Veríssimo ficamos ali, fazendo-lhe companhia. E conversamos tanto que o tempo passou num piscar de...
- Veríssimo?! Aquele que também é Luiz Fernando?
- É, ele sim! Mas é Luis, com s...
- Em pessoa?
- Ãhn?? claro que não! O que eu diria a ele, em pessoa, sendo eu introspectiva como sou? Um livro. De crônicas. Um que fiz questão de comprar "de bolso", sabe? Daqueles que a gente pode levar em qualquer lugar, principalmente numa ocasião destas, para se distrair ou distrair mais alguém enquanto espera...
- Ah! eu sabia! Era muita areia para o seu caminhãozinho!
- Mas que foi muito melhor do que ficar alí borococho, isto foi! Sabe que eu acho? Os hospitais deveriam ter uns livros de crônicas, destas curtinhas e divertidas ali, à mão, para ajudar a distrair alguns pacientes... além, é claro, de aparelhos funcionando, médicos e enfermeiros "presentes", preparados e dispostos para atender com eficiência e humanidade a pacientes com ou sem convênio... como minha nora foi atendida, por sinal.
- Bom, aí você tá sonhando ou tomou alguma droga por lá que te fez mal... o Veríssimo, tudo bem, é fácil, dá-se um jeito, mas o resto parece que tá difícil....
Foto: retirada do Google
Texto: Vera Alvarenga   

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