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sábado, 5 de setembro de 2015

A árvore está velha...mas os frutos, doces!

Se eu guardar pra mim, tenho a posse e portanto o poder?
Parece que é assim com o dinheiro, por isto tanta ganância e usura...
... mas o conhecimento é uma outra coisa. Intuitivamente e cada vez mais conscientemente agora, o ser humano sabe que conhecimento precisa ser partilhado, e que compartilhar de seu "tesouro" é uma das formas de se viver, depois da morte... deixar no mundo um pouco de si. E é claro, que seja para o bem, é uma escolha que, não sem enfrentar dificuldades, muitos fazem, quando não pensem só em suas vaidades mas na tranquilidade de suas consciências e em ser coerentes com seus princípios humanitários.
   Penso que o conhecimento é, desde o início dos tempos, uma luz que nunca se apaga, e quando usado com humanidade e respeito à vida, pode iluminar o mundo.
  Assisti ontem uma entrevista com o neurocientista Miguel Nicolelis e depois, por coincidência um filme( acho que era Lucy). O que ficou bem claro pra mim nas 2 oportunidades foi a constatação de que, é maravilhoso quando a mente criativa do ser humano e sua sede de conhecimento são incentivados e direcionados para o bem(alcançar qualidade de vida melhor para os viventes, evitando ao máximo destruir). E que o conhecimento partilhado/transmitido para este fim, pelos que tiveram acesso a ele, é um sonho, é até mesmo uma razão de viver para aqueles que percebem a importância de contribuir, de cooperar, de deixar a melhor parte de si no mundo ( e falo desde a mãe ou o homem simples do campo que transmitem seus saberes para os filhos ou próximos, até os professores que ensinam com carinho e os nobres cientistas que se isolam em seus laboratórios durante anos, até passarem a outros o que descobriram, visando o benefício não só de seus umbigos). Parabéns aos que tem o dom e podem usá-lo! 

   Tanto o filme quanto a entrevista me fizeram lembrar de meus filhos. Tenho 3 filhos - um deles, o Robson, quando menino me disse uma vez , a respeito de se envelhecer, mais ou menos assim : - Mãe, quando a gente ficar velho precisa ensinar o que sabe. De que vale ficar velho se não puder ensinar alguma coisa? E os outros 2, Rodrigo e Roberto, desde a faculdade descobriram que gostavam de "dar aula para os colegas que tivessem dificuldade nas matérias que, por ventura eles não tinham muita". 
  Eles são diferentes entre si, em inúmeros detalhes, mas também tem muito em comum. Cada um, diante de experiências pessoais e das dificuldades, aprendeu a lutar duro para manter-se íntegro e coerente com seus valores, que reconheço serem morais e humanitários, além de, é claro, atender às suas próprias necessidades.
   Cada um, à sua maneira, compartilha seus sonhos, divide e beneficia outros com aquilo que tem em suas mãos que foi resultado de seu empenho, responsabilidade, aprendizado,horas, dias e meses de trabalho e dedicação. Cada um tenta modificar o que está estabelecido para o benefício de mais pessoas, mesmo que isto lhes custe um valor alto a pagar. 
   Relembrando algumas coisas do que observei na vida profissional deles, vejo algo comum na atitude dos tres! Eles sempre procuraram, desde o primeiro momento que entravam no seu ambiente de trabalho, idealizar, colocar em prática, dar exemplo de como  viver algumas soluções que podiam trazer benefício, conforto ou bem estar, não só para si mesmos mas para todos os que estavam próximos! 
   Creio que o pai contribuiu muito com o exemplo  de integridade, esforço pessoal e perseverança na luta pelo que acreditam certo. Creio que eu contribuí  com a determinação de buscar justiça, portanto, de considerar e ouvir o outro, e com a idéia de que se podia libertar a mente através do conhecimento e de se trazer paixão e prazer para o trabalho que se tem a fazer. Eu lhes dizia: - "Se tiverem de limpar banheiro, que o façam bem feito pra não fazer outra vez, e assobiando/cantando!" A liberdade para a criatividade ou para ponderar sobre as coisas também foi incentivada. É claro que não conseguimos dar apenas bons exemplos. Como um casal que se amava mas não se combinava muito, não fomos o exemplo que eu gostaria, contudo, por eles mesmos e apesar de nossas falhas, sairam-se muito bem! Como diriam minha mãe e avó: - " Melhor que a encomenda!" A árvore está velha e trincada, mas os frutos, doces! E isto é uma benção.
   Tenho orgulho dos 3  e sempre me sinto abençoada por Deus por vê-los conquistando saberes e valores que não são apenas as moedas, e por tentarem persistentemente deixar ao redor, a vida um pouco mais confortável ou melhor para os demais.
   Obrigada meus filhos! Obrigada a minhas noras que são excelentes companheiras e sabem incentivá-los  e cuidam para não podar deles, o melhor que eles tem.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Esculturando... o momento mágico de transformar.

 Ao ouvir o escultor naquele vídeo, mostrando com alegria suas obras belíssimas de entalhe na madeira, me emocionei com ele e pude sentir a mesma alegria que ele sentia...sei como é. Fui ao velho baú das fotos, lembrar...

A alegria de criar com as mãos, transformar um material numa idéia...me fez lembrar do tempo que eu pesquisava e trabalhava com máscaras e diferentes materiais e depois, como escultora no barro. O Expedito trabalha com Madeira, retirando material ao esculpir - mais difícil do que o barro, que a gente pode colocar, mas escolhi a argila por sua plasticidade, flexibilidade, e pela sensação ao tocar. Se amolda nas nossas mãos e as minhas gostam do toque.
Criar... quando a gente tem um projeto, é até difícil dormir à noite! E ao entrar em contato com o ato em si, é mesmo algo indescritível, como uma necessidade, que a gente sabe que tem de fazer e tá acabado. E a gente penetra nele e é penetrada, modela e é modelada pelo ato de criar, até o momento mágico que se abstrai de tudo em volta e entra na obra, e se torna uma coisa só!! 
Depois, vem a alegria de ver o que foi criado ir pelas mãos de outra pessoa para longe, levando o teu nome, talvez o nome da cidade, e mais, a idéia do belo a lembrar que ele existe, que as coisas podem ser transformadas por nós, por opção, e ainda, no meu caso(com certeza no dele, também) e não menos importante, eu sabia que na obra ia uma energia boa que eu queria compartilhar com as pessoas, mesmo que não soubessem, mesmo que meu nome se apagasse. ( eu rezava pra que as minhas coisas criadas ali, levassem boas energias para os lares, ambientes,etc..). 
Percebi agora escrevendo isto que, sem dúvida, a força da gente está em fazer estas coisas nas quais a gente sente que põe junto, a alma! Tirem as ferramentas das mãos deste homem, digam a ele que terá de passar a pagar caro pela madeira, tirem-lhe o espaço, digam-lhe que não adianta mais criar porque ele não terá mais para quem vender, digam-lhe que o mundo moderno desvaloriza seu trabalho, que a indústria substituiu o artesão e este homem se sentirá meio perdido, sem eira nem beira! 
Mas é verdade que a gente não pode criar o mesmo, indefinidamente. O que seria do mundo se fosse só criação? Então, se a vida parar a gente, ou aquele homem, ele sentirá um desassossego até reencontrar de que outro modo poderá criar e colocar aquela sua energia carregada de alma, amor e emoção. Se demorar,  se perguntará talvez, se a sua arte é supérflua, e se perguntará qual o sentido de sua vida. Claro que, para sobreviver, ele poderá usar sua criatividade até para trabalhar numa fábrica… Contudo, enquanto ele estiver criando com mais liberdade, no material com o qual sua arte flui , ele mesmo entrará em sua obra por amor, não apenas vaidade, e porque é isto que acredita ser o que deve fazer. 
Na vida temos de ser artistas também, neste sentido, seja lá o que tivermos de fazer. Ou quando chega o tempo de descansar, dar um tempo, ou ver o oposto de criar. Afinal, o mundo é feito de movimentos opostos e deles depende a própria criação! 
Sua matéria maravilhosa, minha amiga Valéria, me levou a recordar e valorizar cada gesto criativo que fazemos em nossa vida, qualquer um de nós! Legal. Obrigada!
Aqui o link do vídeo da Valéria: http://www.amoresnovelhochico.com.br/2012/02/28/1131/
Texto e fotos: Vera Alvarenga
E para completar perfeitamente... queria aqui colocar a música de Gonzaguinha
GUERREIRO MENINO...


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