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sábado, 26 de julho de 2014

Não deixe sua criança interior morrer...

Hoje, passando pelo Face, vi esta imagem...
então pensei...
- rs.... também tenho meus segredos, meu balanço, meu céu estrelado, os sonhos ousados, o sorriso no coração...uma disponibilidade incrível e parece infinita para ser feliz ou ver um bom ângulo das coisas...sim isto nos salva... só não podemos exagerar porque então, a gente periga se desligar e ficar numa vida paralela, apenas observando esta... vai ver que é assim que o pessoal mais velho, cansado ou sábio,passa a viver com aquele tal alemão... e se vai de braços dados com ele, pra sempre...rs....
Por isto, mais uma vez digo a você que me conhece um pouco e me compreende..."Minha criança interior saúda e dá um beijo estalado na face da que você tem aí, dentro de você"!
Texto:Vera Alvarenga
Foto retirada do Facebook

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sentimentos...

 
 Ingenuidade é algo que me faz assustar-me, quando olho no espelho!
  É algo que não combina com o passar dos anos, mas sim, com o jeito de ser de cada um. Melhor seria talvez pensar que é apenas um modo de sentir que me arrebata e tem força, e preenche tudo por dentro e transborda, e ao mesmo tempo tem a simplicidade da crença...apenas é assim.
  Se a ingenuidade não é realidade do mundo, é  realidade do ser. É um modo de sentir. E porque a conheço, respeito aquele que é uma incógnita. Não vejo apenas o que está na sua cara! Como em minhas terras, ele pode ter aquelas flores que nasceram à beira do lago e quisemos que permanecessem ali. Por isto penso que só sei de mim. De meus momentos de alegria, de meus momentos de saudade, de meus desejos, minhas vontades. E estes, para mim mesma não traduzo em palavras, porque basta sentí-los. Já são fortes o suficiente. Tão forte, que às vezes penso que não vou aguentar, que seria melhor não sentir a vida assim com tanta sensibilidade. Mas aguento.
  De uma forma ou outra, a gente sempre acha um jeito de controlar isto tudo que está apenas ao alcance de nosso olhar, porque pertence a uma terra só nossa, é água em uma represa que desce em cachoeira até se transformar em uma corredeira mansa, lá onde outros a podem ver. Posso ver minha imagem refletida nela. Apenas imagino a sua. E, se a gente se afasta, ainda ouve o suave barulhinho que nos faz enfim, relaxar... aquele som é um sinal de que há vida naquele que não se transformou, ainda, em deserto.

  E, por isto, gosto das palavras, porque elas quando trocadas, sussurradas ou confessadas, são o único modo de se saber dos sentimentos de uma pessoa, quando não considerarmos os gestos.
  Quanto sentimento tem por trás de cada rosto, ou de cada gesto e cada olhar teu? Não sei, a menos que me digas.
  Por isto gosto das palavras. E as tuas? bebo-as, por vezes, para matar minha sede, imaginando que tem a mesma simplicidade dos sentimentos genuínos...como são os meus, que nasceram como aquela flor à beira do lago... e eu as deixo ficar...
Texto e foto: Vera Alvarenga

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Na minha casa mora um anjo...

 Na minha casa mora um anjo
que se contenta com amar.
Já pensei em desfazer-me dela,
você a quer levar?
Gosta de carinho, de conversar
ou se aconchegar em silêncio
nos braços daquele que ama e
unicamente a ele dedicar seus dons.
Não mora ali sòzinha.
No sótão, é sua vizinha
uma mulher já idosa,
uma bruxa, com certeza,
mas do bem, pois cheira a rosa.
Tem certa sabedoria,
porém falta-lhe delicadeza
quando briga com a jovem
que, fiel, ainda crê
que a vida, apesar de tudo,
traz alegria e prazer
a quem quiser dar amor e receber.
Quando a bruxa percebe
que o anjo está feliz
e flutuando mal toca o solo,
para ela torce o nariz,
puxa-lhe as pernas,
quer fincar-lhe os pés no chão,
manda tocar tão alto as trombetas,
que assusta tudo o que voa
e faz o que era bom sumir!
Então, diz sem nenhum rodeio:
- Tu  te contentas com pouco,
isto é notório e sabido,
és tola, vais ferir teu coração.
Se confias ainda numa ilusão
deves estar enfeitiçada!
E o anjo aflito responde :
- "Perdão, estou apaixonada!
e não se engana minha intuição,
a meus olhos, o que vejo,
vem do que viu o meu coração.
Minhas asas trago machucadas,
verdade, já me fizeram sofrer,
porém minha natureza não muda,
temo, mas ainda desejo crer."
  Na minha casa também
  tem uma leoa no quintal.
  Briga por tudo e todos que ama
  e se enfurece contra o mal.
  Na minha casa tem uma mulher terna
  que  às vezes chora, comete erros,
  ainda ama e quer. Esta mulher sabe que
  agora, só a um homem deu o poder,
  deste feitiço de amor, se quiser, desfazer,
  e então,este grão de esperança não irá mais cultivar...

Fotos retiradas do imagens do Google
Versos: Vera Alvarenga
Vídeos: Ingenuidade - Tones Label
             Não precisa - Paula Fernandes
             Amado - Vanessa da Mata


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Filha, volta pra casa!


- Filha, volta comigo! Sinto tanto sua falta.
- Eu sei, mãe.
- Você era a alegria da minha casa.
- Eu? Só você notava.
- Todos provaram do que plantou, com sua doce alegria.
- Você não percebia que me faltava ar? Vezes fiquei sufocada, sem poder respirar.
- Mas, lhe mostrei coisas bonitas, a deixei livre quando possível. Não bastou? Hoje, a sigo em pensamento. Vejo que está solta no ar, tão longe. Alguém a esperava no aeroporto? Está tranqüilo aqui, em paz, seguro. O que você tem aí, o que foi buscar?
- Tudo esteve quase sempre tranqüilo, só faltava espaço. Eu queria alguém que gostasse de mim não só de você, tivesse cuidado comigo, alguém um bocadinho mais igual para dividir algumas coisas. Cresci, não sou mais menina. Você pode me compreender?
- Sim, querida. Eu também cresci. Sei que a gente discutia, por conta desta sua..alergia, insatisfação, mas hoje que a vida me parece tão curta, eu a compreendo muito mais. Fui prepotente, achei que era a mais forte. Desculpe se não lhe dei espaço, você devia ter sorrido,brincado mais.Você ainda é parte de mim, a melhor, e sinto falta de sermos nós.Volta!
- Não sei voltar. Se fingir que volto, você fica feliz de verdade?
- Bobagem! Era com você que tudo se fazia bonito. Sua ingenuidade...temo por você.
- Vou confessar, mãe, agora não sou mais ingênua, também tenho medo. Vou lhe dizer, nada volta a ser como antes, nada. A não ser nos quadros que pinta. E não é bobagem!
- Juntas, a gente era feliz. Um dia ainda vou buscá-la. Você é minha inspiração, meu entusiasmo. Sabe as plantas, tudo seco, nem ligo mais.Você, pelo menos está feliz?
- Mãe, não faz isto! Chantagem era coisa da vó e do pai, lembra? É inverno, por isto tá tudo seco por aí. Não provoca, que de repente volto e vou lhe buscar! E você, tá feliz?
- Você, sonhando outra vez. Imagine, o que iam pensar de nós? Envelheci. Se demorar, não me reconhecerá mais. Iam dizer - o que aquela velha pensa que ainda tem?
- E desde quando você ligava pra o que os outros, além dele, pensassem. O que você pode ter, uma vida inteira?  Qual o tamanho da nossa vida? E você inteira nela - não seria bom alguém ver você inteiramente?
- Ah, isto sim. E, quem vê você? Acredite, agora está tudo bem, tenho quem me cuide.
- Que bom! Deu tempo? Você ainda não me disse se está feliz.  
- A vida não é só sonho. Quando a gente envelhece, ganha sabedoria...Nem tudo que se deseja...Felicidade está nos pequenos momentos e em lembrar...Você e seus sonhos!
- É disto que ainda sou feita, é minha natureza. E você, encontra felicidade ao lembrar?
- O momento presente é o que importa, menina! Cria juízo pequena jóia de minha alma, parte que é minha, e volta para mim. Não sei o que você viu, que a levou daqui.
- Eu pressenti, depois, acredito que vi. Então desejei. E agora...
- E agora, como é o que encontrou?
- Ainda não sei. Tenho medo de não haver nada, talvez eu esteja só, para sempre. Já pensei voltar, mas quando olhei para trás, não vi minhas pegadas. Vai ver que voei! Eu, que tenho medo de alturas, não é engraçado? Eu, que só me sentia segura na nossa intimidade. Também sinto falta da sua paz, do seu aconchego.. Você ainda tem paz?
- Não sei viver sem sua confiança ingênua, ninguém percebe como me esforço, mas não sou a mesma, falta algo. É tão louco isto! Meu coração está com você. Por que deixei a vida nos separar? E você, é a mesma? A gente se encontra em pensamento outra vez?
- Não, não sou a mesma, falta você. E, nos pertencemos mãe, portanto, vamos nos encontrar em algum lugar, prometo. E aí, se ambas formos felizes...
- E aí, será para sempre?

  Foto: pode ter direitos autorais - Google images  
Texto: Vera Alvarenga

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