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domingo, 6 de janeiro de 2013

A fugaz felicidade.


Entre os que iam e vinham ocupados com suas próprias distrações, ela estava lá, uma pessoa livre e comum no meio de outras. Adorava isto.
  Estava ali, já há alguns momentos olhando os reflexos no lago. E sentia-se bem. Sabia que a felicidade era feita de momentos...
   Aquela mulher, como tantas, fizera sua escolha. Entre carreira e todas as possibilidades, escolhera amar. Cuidar dos seus e transformar o ambiente ao redor em algo mais bonito e tranqüilo, usando os recursos de que dispunha, era o que decidira fazer com sua vida e criatividade.  
   Aquela mulher, às vezes, esquecia-se de si e do tempo.
   Aqueles momentos em que se dissolvia e penetrava no que estivesse fazendo ou amando, e neles sentia-se parte de algo maior, davam-lhe indescritível sensação de tranqüila felicidade. Mais do que nunca agora, tinha certeza que a perfeição individual não era alcançável, embora fosse de certa forma compreensível o nobre desejo de chegarmos próximo a ela, quando fosse dado a isto o devido valor. Nem mais, nem menos.
   Perdoara-se definitivamente por todas aquelas vezes que, exausta, pensara em desistir ou que simplesmente não fosse agüentar, porque era fato que as fontes secam. Apesar disto, um gesto de amor ou uma boa noite de sono costumavam devolver-lhe a energia.
   A vida tinha lhe mostrado o quanto ela era limitada e como havia sido pretensiosa por ter- se acreditado capaz de fazer tudo dar certo, como se pudesse possuir a felicidade.   
   Apesar de sentir-se penalizada por isto, era o que tinha de ter feito. Hoje ela conhecia o significado da fugaz felicidade. Quando falava de paz, nem sempre a ouviam, porque seu jeito simplório e tranqüilo de argumentar era por demais lento, até ultrapassado, para a vida que segue livre, cabelos ao vento, nas patas de musculosos e elegantes cavalos de corrida.
   Aquela mulher não tinha se dado conta, mas aprendera como parar o tempo.
E, quando parava de correr, ela aprendia a ser feliz.

Foto e texto: Vera Alvarenga

sábado, 26 de novembro de 2011

Se quer comprar, não desdenhe! Pense nisto!

Se não quer, nem precisa por defeito,diga que não quer,e pronto!Tá interessado? Reconheceu que pode ser bom negócio, vai te fazer feliz, lhe dará prazer? então valorize, faça a sua parte, tente fazer um acordo que também respeite quem lhe oferece algo, não desdenhe!
  Um exemplo de onde se aplica:
-  Vocês viajam a São Paulo, enfrentam 2 dias de stress, trânsito ruim,  procuram aptº pra alugar. Quando o aptº serve, condomínio ou o bairro é uma droga, e vice versa. Preço exorbitante. Você precisa CAIR NA REAL! Tá, caiu. Então, finalmente encontram. Bairro bom, aptº cabe tudo que você precisa quando se desvencilhar dos supérfluos, e condomínio perfeito!
Ah, mas você viu uma casinha em outro bairro não tão bom,porém do outro lado da rua tem umas árvores, tem até grade de segurança no portão! e tem um terraço onde poderá colocar algumas de suas plantas. Tá no teu preço, você fez uma proposta pedindo menos de 5% de desconto.Ela te serve. Vai ter que colocar grades de segurança nas janelas dos quartos, mas tudo bem.
Sua mulher não quer morar em casa, tem medo, não quer mais trabalho com quintal, mas tudo bem também.        
   Contudo,como o destino gosta de brincar com você, vão ver aquele aptº que ELA queria ver desde o dia anterior. Ela tem uma droga de intuição muito esquisita em relação à casas para vocês moraram. Uma vez, quando entraram num escritório de uma casa começou a sentir-se mal, ficou angustiada, faltava-lhe o ar, e, quando viu, estava saindo quase correndo da casa, foi respirar lá fora na calçada, sem graça, lágrimas caindo sem que ela soubesse porque...e o corretor então lhes contou que naquele quarto, alguém da família suicidou-se. Vocês encontraram algo muito melhor depois, com outro corretor. Uau! Mas isto era só quando ela era jovem e mesmo assim, raramente acontecia de ter intuições deste tipo. Era sensivel, só isto. Agora, está velha, é diferente- era uma fada, agora é bruxa...kkkk.......e fica de mau humor, de vez em quando..bem que você tem saudades de quando ela era uma fada flexível e sorridente.
O fato é que vocês dois gostam muito do aptº, de tudo! É mais barato que todos os imóveis que viu, e com mais estrutura - até você reconhece! Aliás, este tem um bosque com pássaros, tantos, que te encantou! Você abre as janelas e as árvores parecem estar no teu quintal, só que, sua mulher não precisa cuidar delas, tem um jardineiro no condomínio, e segurança, vocês podem chegar dirigindo à noite e entrar ali sem medo de abrir o portão! São Paulo é perigoso. Beleza! Você está no céu, embora no 1º andar!! Aliás, por isto mesmo é que está barato, pensam que, 1º andar é um defeito. Pra vocês não é! é uma promessa de paraíso...então, melhor desdenhar, não dar na vista e ah! tem um defeito:
- A porcaria da garagem - são duas vagas juntas e só uma será sua! Ah ha! Taí o problema, não é perfeito!!
Tá bom, o proprietário quer uma ou 2 coisas que você não quer dar, você não dá, e você faz a proposta ainda pedindo 16% de desconto! NA CASA VOCÊ PEDIU 4,5 % de desconto. Você quer o preço da casa, ora bolas! Tua mulher percebe e lhe diz que o aptº é bom, ela não quer perder, está em outras imobiliárias, cuidado! o aptº tem tudo que querem e mais a segurança e jardineiro e o bairro, perto de tudo! Dá pra andar à pé na rua até a padaria, agradável. Mas, quem precisa sair pra caminhar, você nem gosta disto. A casa tá perfeita pra você. Ela sente que pode perder o aptº ! Como ela é insistente quando tem certeza de querer alguma coisa! Diz que quer ver pessoas,não quer ficar trancada em casa. Ela lhe pede:
- Por favor, cai na real, só mais 100,00 nesta proposta! Se não, não é acordo!
Não, você não gosta de se flexibilizar...é fraqueza, melhor criticar e desdenhar. Se o cara quiser, tem que chegar no teu preço! É assim que se faz acordos ( será?) Não levando o outro em consideração?
Ela diz: - Se a gente quer, pega, valoriza, se flexibiliza!
  Resumo da ópera: Logo mais receberam a notícia que o proprietário recebeu outra proposta um pouquinho antes... e que está na frente, talvez tenha mais condições que o proprietário deseja.
  Agora, só milagre!   Sua mulher crê em milagres, é daquelas que acredita que um anjo virá trazer-lhe um presente, que alguma fadinha virá com os pirilampos, iluminar seu caminho...rs.... Bom, tudo bem! Triste, a tua mulher pensa que não era pra ela..vai aparecer algo melhor que Deus está reservando ( desde que ela vá atrás, ela sabe disto!). Isto logo passa e ela vai ficar bem.
  Mas você tá tranquilo porque gostou mesmo da casa e só precisou pedir menos de 5% de desconto! mas ninguém te ligou ainda sobre a casa...será que perdeu esta também? E sua mulher, será que vai aceitar todas as suas condições? Bom, agora ela tá mais dura. Será que você não percebe que não é o aptº que importa mais aqui, mas o tipo de acordo que vocês deveriam estar sendo capazes de fazer?
  SERÁ QUE É POR ISTO QUE, OS FLEXÍVEIS DEMAIS SE TORNAM MAIS DUROS, com o passar dos anos, E OS INFLEXÍVEIS ACABAM POR SE DOBRAR? Alguns só o fazem quando vem o reumatismo, ou pelos golpes da vida? Bem, há os que não se flexibilizam nunca e pegam da vida, só o que está dentro dos limites que se impuseram ( e aos outros!)
   Acho que esta frase vale para muitas coisas : Não acredito nesta história de desdenhar, fingir, não valorizar quando a gente quer, a menos que a gente se conforme em receber algo que também é falso, ou "meia boca", ou de alguém que também esteja acostumado a desdenhar, não valorizar. E isto se aplica também aos relacionamentos, não é mesmo? Não sejamos falsos!
 Não se faça de bonzinho, não há acordos quando você não leva o outro também em consideração. A única coisa que estará plantando são sementes de raiva, desconsideração igual, decepção, ferrugem que limita os movimentos em direção de uma vida mais simplesmente feliz! E ponto!
Texto e fotos: Vera Alvarenga

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

"Que Deus me ajude a clarear o olhar da Justiça!"

Incrível como algumas fases se repetem em nossa vida! No ano passado, em novembro estava refletindo sôbre a Justiça, e escrevi no blog sôbre isto.Para quem quiser refletir junto, aqui vai o link : http://mulhernaidademadura.blogspot.com/2009/11/acordei-com-justica-ao-meu-lado.html

  Quero pedir aos meus amigos que me conhecem, que por 1 minuto façam uma oração por mim, pois nestas próximas semanas um processo estará sendo decidido e ameaça  penhorar minha casa.
   JUSTIÇA!  Devo confessar que ao refletir sôbre este conceito antigamente, eu o idealizava como algo incorruptível, e dos poderes, achava que era o mais importante, pois a Justiça nos defenderia de tudo que não fosse ela e garantiria nossa segurança diante dos que são oportunistas e aproveitam de sua demora por resolver os processos, para tirar vantagem própria, distorcendo a verdade que ficou camuflada pelas teias do tempo. Ultimamente sinto medo, pois os que tem seu trabalho dedicado a servir à Justiça, também podem ser corrompidos em seu nobre trabalho de representá-la - temos visto isto na TV - advogados espertos se habituam a defender os que querem "tirar proveito" dos que não tem muito dinheiro para contratar o serviço daqueles que saberão lidar com o que há de mais baixo no ser humano... e alguns juizes decidem como se não tivessem tido o trabalho de ler o processo todo, não tem tempo de chamar as pessoas e ouví-las, olhando em seus olhos e confrontando suas respostas com suas próprias contradições e mentiras.
   E, neste caso, um processo que chegou a ganhar a atenção devida em 2 instâncias, e tinha tudo para se resolver rapidamente( após 12 anos!), em última instância pode reverter a ponto de colocar quem estava cobrando uma dívida( nós), como o que deve pagá-la!! E tudo aconteceu porque nesta ocasião, nos desligamos do processo por estarmos enfrentando um período em que o artesanato e nossas viagens para vendê-lo foram afetadas pela doença do meu marido por um ano(reumatismo) e depois culminou numa cirurgia do coração ( 5 pontes), e pelo falecimento de minha mãe, após 2 anos de tratamento de um câncer e morando conosco. Neste período, não tivemos dinheiro para um excelente advogado, e nem muita disposição para pensarmos que era preciso mais do que os olhos da própria Justiça, sôbre o processo.Além diato, nunca nos habituamos a contar com o que não fosse nosso próprio trabalho para ganhar nossa vida com decência.  Mesmo ganhando por 2 vezes, quisemos fazer acordos, pois só queríamos o que era nosso, e não, enriquecer ilìcitamente. Eles prometeram que fariam acordo na frente do juiz, mas depois sumiram!(neste dia eu fiquei fora da sala de audiência). Tínhamos testemunhas, se não me falha a memória, que nem precisaram falar porque eles disseram que fariam acordos.
   Mas, isto não foi suficiente. Quem nos devia , foi conhecer nossa casa em Florianópolis, anos depois, e certamente encantou-se com a energia que havia nela e a localização privilegiada a 50 mts. da praia; conseguiram distorcer a verdade,com uma falsa alegação  de má fé (!!) que parece ter sido a única coisa a receber o olhar de quem nesta ocasião, pegou nosso processo em mãos com o poder de dar a última palavra.
    Após tudo isto, foi que finalmente entrei em depressão, minhas forças pareciam estar sendo sugadas pela terra e eu precisava do amor do filho, norinha e netinho que nos queriam junto deles. Foi quando viemos para o interior de São Paulo, provisoriamente, para tratamento de saúde e para dar e receber amor, ficando mais perto dos filhos. Nossa casa lá não poderia ser vendida, como precisamos para vivermos com dignidade e independência financeira, contudo, a mantemos lá como fonte de renda para nosso sustento, uma vez que a alugamos na temporada.E recebemos muito amor dos meninos( além do presente de convênios médicos).
    Foi neste tempo que estas pessoas mesquinhas e mentirosas aproveitaram para  "tirar vantagem", e pedir a penhora de nossa casa, para o pagamento da dívida que nunca tivemos,que é tudo o que temos após 40 anos de lutas e trabalho honesto, e tudo porque nem havíamos entendido que havia sido pedida a penhora! Não contestamos!! Não respondemos, a não ser, oferecendo terrenos em Paraty, que ela não aceitou. Tínhamos entendido que o juiz havia aceitado os terrenos!!
   Não, ele decidiu pela penhora e só soubemos disto na audiência (parece de conciliação) desta semana, em São Paulo! Foi um murro no estômago!
   Vocês não podem avaliar o que é ver uma pessoa ao seu lado numa audiência, querendo tomar o que foi seu lar e o que te garantiria dignidade e segurança na velhice, como se estivesse a falar de um pirulito, mas com olhos gananciosos e apoiando-se numa única mentira e...infelizmente, no julgamento da última instância(ocasião em que a justiça deveria estar realmente com a venda nos olhos!).
   Houve porém um milagre, que mesmo que tudo saia errado para nós, eu preciso contar aqui no meu blog, que é pra mim como um diário, onde escrevo sôbre o que me emociona! Eu tinha sido aconselhada a não abrir a boca, para não dizer besteiras e não complicar as coisas, pois sabemos que em presença da Lei, tudo que dissermos pode ser usado contra nós! quando não entendemos de leis e somos espontâneos!! Assim, eu me sentia como se houvesse ali uma rainha pronta a me cortar e fazer rolar minha cabeça! E que a juiza seria apenas sua executora. Contudo, a mulher que antes nos devia e me ameaçava agora, pediu a palavra e falou seus absurdos! A juiza disse que teria todo o tempo para nos ouvir! Ela certamente não queria cometer uma injustiça. Para mim, este foi o milagre! E agradeço a Deus, porque eu criei coragem e, desobedecendo ordens, pedi para ser ouvida também. Fiz o relato dos fatos. Não foi fácil falar, pois eu tremia muito diante da ameaça injusta e sem fundamento que é apenas causada pela poeira dos quase 15 anos desta espera e por nossa ingenuidade. Nos surpreendemos com a penhora. Meu filho e marido falaram também. E a mulher se traiu a si mesma, entrando em desesperada contradição por 3 vezes.

   Por meu marido querer cobrar uma dívida de 10 mil reais, estamos agora sendo ameaçados com uma cobrança de 270 mil!! Este é o risco que estou correndo por estes dias. A decisão vai ser tomada em menos de um mes. E tudo porque não ficamos com uma cópia de um pequenino documento que meu marido entregou ao advogado dela em confiança, porque não tínhamos advogado e meu marido é daqueles homens antigos que acreditam que negócios se fazem na palavra! Ele é um homem honesto.
    Eu tenho rezado e peço que meus amigos rezem uma só vez, comigo, para que Deus ilumine a mente desta juíza e dê sossego ao coração da mulher que quer fazer tanto mal com uma mentira e nem se apercebe disto!
Que ela encontre uma outra forma de "tirar vantagem".

   Texto Vera Alvarenga
  Foto: Catedral da Sé - Vera Alvarenga

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