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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Tuas palavras...


De que é feito o teu dia?
Tens, na tua história, eu sei, muitas palavras. Falo de tuas palavras...
Certamente muitas foram ditas, escritas ou lidas para um outro ouvir, mais algumas discutidas. Poucas ficaram no ar, talvez o vento as tenha levado e alguém as tenha apanhado pensando ou sonhando que era pra si. Erro que alguns cometem.
   Imagino que nem sempre tuas palavras foram compreendidas, talvez até algumas tenham sido mal interpretadas, superestimadas. Com palavras escreveste um livro que não li. Com elas também por certo ensinastes muito das coisas que aprendeste em tua vida. Amigos teus, quem sabe tenham saudades de tuas palavras ou dos efeitos que elas podem causar. Tuas amizades vivem também de tuas palavras.
   Palavras saíram de tua boca como oração, em alguns momentos talvez como sufocado lamento. E eu lamento não ter te abraçado nesta ocasião.
Tuas palavras por vezes podem ter incentivado alguém, haverá casos em que magoaram, outros mais raros, que elas ajudaram a elevar a auto estima de uma pessoa enquanto eram dirigidas a ela. Sei que muitas palavras se calaram em tua boca.
   Acredito que em voz baixa tenhas confessado algo de teus sentimentos a quem podias confiar, e sussurrado algumas das mais preciosas bem perto de quem as merecia ouvir. Tem sorte aqueles que ouvem palavras de um querer bem maior que nossas palavras podem descrever!
   Tanto falei em palavras que lembrei que por vezes tive sede daquelas que chegam como bálsamo ou beijo morno quando estamos feridos. Ah! eu gosto de palavras com significado, e sinto falta também de algumas leves porém sinceras, daquelas cujo significado não vai além do desejo de simplesmente alegrar nossos dias e a vida.
   Mas volto a ti, pois é de tuas palavras que falo.
   Onde estão agora? De tua vida, como será agora o livro que escreves e que eu não posso ler?

foto/texto Vera Alvarenga

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

"Quando o silêncio é de ouro!..."


Incrível como o silêncio é imprescindível! Não aquele de horas e horas de solidão, ou aquele em que não temos o que contar alegremente para o outro, mas o silêncio do "encontro" !
   Quando por 30' vamos meditar, ou fazer um Reiki,ou tirar aquele famoso cochilo que os homens tanto gostam, para o "encontro" com nossa tranquilidade interior e ficar mais centrados... Avisamos às pessoas:
" Vou meditar um pouquinho" e é o suficiente.
   Quando estamos escrevendo ou num processo criativo, precisamos do relativo silêncio para encontrar as idéias e palavras adequadas. Perdemos a inspiração se somos interrompidos pelo som alto da TV a repetir seguidamente e em tom sensacionalista, as notícias de crimes,mortes,acidentes.
  Quando estamos lendo, é o relativo silêncio que possibilitará a compreensão e o "encontro" com o autor, ou com a gente mesmo se queremos refletir. E quando principalmente trabalhamos em casa,precisamos algumas vezes do relativo e piedoso silêncio, quando por exemplo, em meio a tantas contas e números, precisamos ir ao "encontro" de um erro, uma diferença. E se alguém nos interrompe, neste momento, faz muita diferença a forma como a pessoa consegue ( ou não ) aceitar nosso pedido de ter uns minutos de paciência, para que possamos finalizar nosso trabalho de horas, de modo eficiente. Se a pessoa que nos interrompe, sente que precisa ter suas necessidades atendidas sempre prontamente e não tem paciência para esperar, exercendo pressão com outros barulhos, ou com insistência, nos sentimos agredidos. E se este comportamento se repete, quando a gente encontra um desafio inesperado pela frente no trabalho, e está com o tempo justo para terminar, por vezes acorre algo muito desagradável. A gente já fica tenso, quando a pessoa se aproxima, a mente fica bloqueada e sentimos desconforto com a presença da pessoa que assim nos pressiona, mesmo que quiséssemos evitar este sentimento. E, se a pessoa não se dá conta disto, é bem possível que, com o tempo nos sintamos violentados, de certa maneira. Este "desencontro" é uma pena e poderia ser evitado!
   Quando a gente trabalha em casa, é claro que se sabe que é necessária a Tolerância de ambos! Nada é tão importante assim, que não possa ser interrompido, para recebermos com um sorriso o outro, que vem nos dizer que está com fome, ou pedir uma ajuda no computador. Ninguém deve fazer o outro,escravo de seus caprichos, seja o interrompendo desrespeitosamente, seja esquecendo-se dele! Sabemos que, aquele que estiver num "momento criativo", por exemplo, facilmente se esquecerá do tempo, da fome e do outro! Mas, é sempre o bom senso e, na minha opinião a amizade e o respeito que sinalizará os limites. O que interrompe deve vir manso e o que é interrompido, deveria estar disponível a ouví-lo, pois com amizade e respeito, o carinho virá junto com estas atitudes. Então, além de termos prazer com a presença do outro, teremos um "encontro" verdadeiro entre duas individualidades.
   Hoje eu estava no meu quintal à tardinha, lendo e percebi como estes momentos de silêncio tem me feito bem! Não ser interrompida abrupta e insistentemente é muito bom...nos permite uma atitude mais ponderada e tranquila. O contrário me deixa nervosa.
   Bem, e como eu, que gosto do silêncio posso estar a escrever tantas palavras?? hehehe..... é que escrever ocupa muito espaço, mas em compensação, deixo ao outro a liberdade para ler em tom manso, no volume que quiser, no seu ritmo e no momento mais oportuno. rs......................
  Não sei se é o "silencio que é de ouro" ou o mais importante é o respeito, amizade, tolerância e bom senso.
Acho que uma mistura de tudo seria o ideal, não acham?


Fotos e texto: Vera Alvarenga

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