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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

" Meu garoto"...

Sempre disse que meus filhos são bençãos pra mim. Sou grata a Deus por atender minhas preces, protegendo-os, fortalecendo seu caráter, ajudando-os nas escolhas dos caminhos, abrandando seus corações, humanizando suas atitudes, fazendo-os abertos ao aprendizado e peço a Deus que lhes inspire para sempre olharem para o mundo com a humildade de saber que não somos apenas o que obtemos, mas o que nossa alma acredita.
  Que eles tenham oportunidades para também agir de acordo com seus princípios. Nunca meu coração duvidou de cada um deles, que é especial com suas características individuais e espero ter sempre lhes demonstrado que não os amo por serem vencedores, mas por honestamente tentar sempre e sempre, tentando melhorar e encarar os erros como aprendizado, e aceitar as falhas como limites naturais que nos ensina a respeitar também os outros.
    E sinto orgulho dos 3, homens que se tornaram responsáveis e levam a sério seu trabalho e os princípios que regem suas vidas, e embora sejam diferentes em certas particularidades e na forma de agir, tem uma coisa em comum - são generosos, compartilham com outros o que aprenderam ou obtiveram com seus esforços - e é disto que mais me orgulho, e por lutarem por aquilo que acreditam que é o mais correto, digno e justo, embora não lhes tenha sido o caminho mais fácil.
   Não é fácil seguir algumas vezes contra a corrente num mundo com tanta violência e ou corrupção. Aliás, cada um deles passou por seus momentos dificeis e com certeza ainda terão de enfrentar muitos, por decidirem defender as causas em que acreditam.
  Nós, mães e as esposas, sabemos o que veio antes de um momento de sucesso, todas as batalhas e sonhos que nem sempre puderam realizar... Por isto nosso coração se enche de gratidão quando um deles, ou todos conseguem realizar um pouco do que tem como projetos...
    Agradeço a Deus porque eles tem me proporcionado momentos de orgulho e deles tenho sentido o carinho que me dedicam, me permitindo fazer parte de suas vidas até hoje. Que Deus os proteja sempre!

foto e texto: Vera Alvarenga.

domingo, 11 de maio de 2014

O meu Dia das Mães.


 Meu dia das Mães foi maravilhoso!
 Lembrei de você mãe, como lembro em muitos outros dias e tive vontade de tomar um cafezinho daqueles que tomava em sua casa, quando conversávamos então sobre algumas coisas e depois eu voltava para meus afazeres e filhos.

 Você ia ficar orgulhosa de seus netos, mãe!
  E de suas noras! E de seus bisnetos!


Eu bem queria que você estivesse aqui hoje participando de meu dia.
Tive um dia maravilhoso! Um almoço delicioso feito com amor pelo Robson, as palavras generosas ditas por amor pelo Rodrigo que mora em outro Estado, e o Roberto que está num outro país, eu também tenho certeza que me traz sempre em seu coração! Tomara que você tenha se sentido abençoada por seus filhos como eu me sinto por ter os meus em minha vida!
 Sou grata a Deus pelos filhos que tive, 3 filhos homens,que trouxeram tanta mudança, aprendizado e amor para minha vida. Filhos são bençãos, e os netos...rs....ah! são um presente que nos dá a oportunidade e a delícia de revivermos os bons momentos em seus sorrisos. Tenho sorte de ter noras também que trouxeram para minha vida uma outra visão sobre as coisas. Acima de tudo olhar para elas com generosidade e o desejo de me aproximar com sinceridade, confiar nelas e acompanhar alguns de seus passos sob o ponto de vista do feminino, da coragem que demonstram e também da maternidade ( no caso de 2 delas), me deu a oportunidade de olhar para mim mesma e relembrar o que eu fui. E assim, aprender a olhar com um olhar mais amoroso não só para os homens da minha vida, mas para as mulheres também. Isto me deu ainda mais a certeza de que homens e mulheres quando pretendem se amar, devem procurar se completar, reconhecendo um no outro as virtudes que tem usando-as em benefício de um relacionamento fértil de amor e alegria.
  E me deu a certeza de que, enquanto mães, temos de ter pulso forte muitas vezes sim, mas jamais economizar os gestos amorosos, porque tudo vale a pena!
fotos e texto: Vera Alvarenga

domingo, 6 de janeiro de 2013

A fugaz felicidade.


Entre os que iam e vinham ocupados com suas próprias distrações, ela estava lá, uma pessoa livre e comum no meio de outras. Adorava isto.
  Estava ali, já há alguns momentos olhando os reflexos no lago. E sentia-se bem. Sabia que a felicidade era feita de momentos...
   Aquela mulher, como tantas, fizera sua escolha. Entre carreira e todas as possibilidades, escolhera amar. Cuidar dos seus e transformar o ambiente ao redor em algo mais bonito e tranqüilo, usando os recursos de que dispunha, era o que decidira fazer com sua vida e criatividade.  
   Aquela mulher, às vezes, esquecia-se de si e do tempo.
   Aqueles momentos em que se dissolvia e penetrava no que estivesse fazendo ou amando, e neles sentia-se parte de algo maior, davam-lhe indescritível sensação de tranqüila felicidade. Mais do que nunca agora, tinha certeza que a perfeição individual não era alcançável, embora fosse de certa forma compreensível o nobre desejo de chegarmos próximo a ela, quando fosse dado a isto o devido valor. Nem mais, nem menos.
   Perdoara-se definitivamente por todas aquelas vezes que, exausta, pensara em desistir ou que simplesmente não fosse agüentar, porque era fato que as fontes secam. Apesar disto, um gesto de amor ou uma boa noite de sono costumavam devolver-lhe a energia.
   A vida tinha lhe mostrado o quanto ela era limitada e como havia sido pretensiosa por ter- se acreditado capaz de fazer tudo dar certo, como se pudesse possuir a felicidade.   
   Apesar de sentir-se penalizada por isto, era o que tinha de ter feito. Hoje ela conhecia o significado da fugaz felicidade. Quando falava de paz, nem sempre a ouviam, porque seu jeito simplório e tranqüilo de argumentar era por demais lento, até ultrapassado, para a vida que segue livre, cabelos ao vento, nas patas de musculosos e elegantes cavalos de corrida.
   Aquela mulher não tinha se dado conta, mas aprendera como parar o tempo.
E, quando parava de correr, ela aprendia a ser feliz.

Foto e texto: Vera Alvarenga

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Homenagem a você mãe,mulher aquariana...

  Hoje,quero falar de uma mulher que conheci. Uma mulher aquariana.
  Nasceu no interior de São Paulo, há tanto tempo, (1923) no tempo em que as meninas, geralmente, quando queriam estudar depois do ginásio, faziam o curso "Normal", para serem professoras.
  Isto já era lá por 1940!! Tudo bem, mas ela não queria ser professora,não! E começou a fazer seus planos.
  Queria ir para São Paulo. Queria ser secretária... e logo que pode ir morar com uma irmã já casada, foi o que ela fez - foi para a cidade grande e moderna,que se parecia com o jeito dela,  prestou concurso, fez curso de datilografia e se tornou uma das mais rápidas secretárias que o serviço público já teve. Como ela contava e os amigos dela também, datilografafa ...humm...não sei quantas palavras por minuto!!( não me lembro, desculpe, mãe. Estou aqui a falar da "senhora" e não me lembro de detalhes! rs.....) Mas ela não precisava que alguém falasse por ela. Não mandava recado, era franca, não tinha esta coisa de falsa modéstia, tinha muitos amigos e amigas que a queriam bem, era respeitada no ambiente de trabalho. Bem, eu me lembro que era vaidosa. Se vestia bem, embora simplesmente. Sempre de salto alto e batom vermelho, lá ia todos os dias, andando 7 quadras a pé até a Av. Santo Amaro, onde tomava o ônibus até o centro. Morávamos em Moema, na época. Enquanto esteve apaixonada era também uma mulher apaixonada pela vida e era social. Quando se aposentou, os colegas lhe deram um anel de brilhante - era muito querida.
   Quase na mesma época que se aposentou,separou-se do homem que amava. Sofreu muito, mas levou a vida ativamente pois mantinha amizade com amigas leais que se encontravam para jogar baralho e conversar por telefone. Dizia que a gente tem de cultivar amizades.
   Era uma mulher independente, orgulhosa, com seu próprio salário, sempre querendo repartir despesas, ou pagar as suas,nunca tendo sido um fardo financeiro para qualquer um dos 4 filhos, mesmo quando nos últimos 2 anos de vida foi morar com uma das filhas ( eu!),por estar com câncer. Bem, o que mais me lembro que me fazia orgulhar-me dela, eram duas coisas: seu caráter honesto e seu desejo de viver! Namorou algumas vezes e apaixonou-se sériamente aos 72 anos! rs..........me confidenciou na ocasião:
  - Filha, estou me sentindo tola, como uma adolescente! Eu adorei vê-la assim feliz e a incentivei, claro!
  Bem, era minha mãe, uma mulher corajosa, trabalhadeira, moderna, honesta, forte, independente, que valorizava suas amizades, sendo leal com elas, e que, para o seu tempo, estava um pouco à frente... Hoje seria seu aniversário se estivesse viva. Aprendi muito em meu convívio com ela, principalmente nos últimos 2 anos de sua doença, enquanto esteve em casa e já lhe apareciam os primeiros sinais de alzheimer. Eu a amei e quando ela morreu, eu estava ao seu lado, junto com minha irmã. Ela não suportava depender de alguém. Após sua morte, senti que estava comigo mais do que antes, como amiga então, e que poderia compreender melhor o que me motivou a cuidar dela do modo como fiz (ela não sabia de sua doença,pensava que tinha apenas a diabete).
   Assim, hoje me deu vontade de tomar um cafezinho com ela, como fazíamos, mas depois, me lembrei que estamos melhor assim, sem limites que nos impeçam de compreender uma a outra. Beijos, mãe. Meus respeitos.
  Imagino como ela seria rápida aqui no teclado deste computador!!kkk.......

Foto retirado do blog: imotion.com.br e google
Texto: Vera Alvarenga
 

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A bicicleta...

     Eu vejo meu vizinho, em algum momento de quase todos os dias, ali em frente, na calçada, conversando com algum amigo, ou limpando seu próprio carro, ou trazendo a mulher e os dois meninos de algum lugar, uma consulta talvez. São um casal de vida simples e ela está sempre atarefada com casa e família; quase nem saí ali fora. Ele faz compras, traz o gás. De vez em quando estaciona do outro lado da rua, os meninos descem do carro, e ele invariavelmente fala firme:
   - "Êh! olha a rua, garoto!", ou ainda "pera ái, menino"!
   Muitas vezes fala bravo e demonstra impaciência, chamando a atenção de um ou outro quando começam uma briga. E, às vezes, grita com um deles, mandando ir logo para dentro.
    No final desta tarde de sábado quente e preguiçoso, lá estava ele, com o filho maior, a ensinar-lhe a andar de bicicleta. Pela primeira vez eu o vi sem camisa. Devia saber que a tarefa a que se propunha, seria um exercício que lhe faria gastar calorias e suar em bicas. E como todo aquele que ensina um filho a andar de bicicleta, iniciou aquele vai e vem interminável  pela rua, empurrando e segurando a bicicleta com as duas mãos, dizendo algumas poucas palavras de incentivo. Eu tinha coisas a terminar no computador, mas era impossível deixar de olhar, de vez em quando.
   A porta de vidro do meu escritório que dá de frente para a rua, fica bem atrás do monitor. Notei que após algum tempo, ele já se distanciava mais, colocando apenas uma das mãos no banco, e de vez em quando abria os braços, feito galinha abrindo asas para proteger os pintinhos. Olhava para trás, quando o menino se desequilibrava ou vinha mais para o meio da rua e imediatamente, colocava a bicicleta na direção correta. Difícil tarefa, que requer coordenação, mas os pais geralmente estão preparados para ela. Tão mais fácil é corrigir a direção dos primeiros vôos dos filhos! A gente mora numa rua sossegada, mas bem numa curva, onde é preciso muito cuidado para não se surpreender e jamais se pode atravessar a rua ali, sem olhar atento para ambos os lados. Contudo, o pai fazia isto por ele e pelo menino, que ia afoito ultrapassando os limites do mundo, olhar fixo adiante, sem nem imaginar que não tivesse ali um anjo a cuidar da retaguarda.
   Até eu me preocupei. De vez em quando passam lá alguns carros ou motos barulhentos e numa velocidade que não combina com a calma do lugar. Contudo, as coisas correram como o esperado. Após muitas indas e vindas e dois tombos, pelo que percebi, o menino já andava sozinho.
   - Mãe, olha eu! E plóft, um tombo!
   E lá ia, novamente tentar, e feliz mesmo com o joelho levemente dolorido. Lembrei-me que foi minha prima que me ensinou a andar de bicicleta. Ela tinha quinze anos, eu sete. Caí, quando percebi que não estava mais me segurando,mas logo tentei novamente e consegui. A bicicleta era enorme para mim, e estávamos em um corredor do quintal. Quando eu dava impulso na coragem e nos pedais, e começava a sentir o vento no rosto, lá chegava o portão,quase a bater na minha cara. Tinha de coordenar a freagem com o rápido colocar os pés no chão, ou eu ia por terra. O mundo,naquele tempo, parecia menor, mas os quintais eram maiores! Para este garoto a sensação era de maior espaço e liberdade, pois a rua que sempre lhe fora proibida, agora era algo a explorar e a bicicleta, sendo apropriada a uma criança, por certo lhe proporcionava maior segurança.
   Notei que o pai estava cansado, mas orgulhoso. Não saía de traz do filho, lhe dando retaguarda, protegendo-o mas permitindo os dois tombos que presenciei. O menino se sentia cada vez mais confiante... e livre.
   - Pai, já sei í sozinho!  E foi mesmo, cheio de si. Por um segundo, o pai parou, coçou a cabeça, depois foi novamente atrás, protegendo.
   E pensei:
   - É pai, agora teu filho já sentiu o gostinho... e começou a te dizer adeus...o mundo hoje é bem maior...

Imagem: Google internet
Texto: Vera.
             

terça-feira, 12 de outubro de 2010

" Meus meninos...meus tesouros,,,"

Hoje é dia das crianças e eu estive vendo umas fotos dos meus meninos... que lindinhos...o tempo passa depressa, hoje já são homens - bons, lindos e inteligentes!
Então resolvi postar hoje aqui, uma poesia que meu marido fez outro dia e me entregou:
-" Fiz pra você!" disse ele.
  Foi uma emoção muito boa, primeiro porque ele não tem hábito de elogiar e, nesta poesia, me faz um baita elogio, e também porque, como mãe... vocês sabem...adoçou minha boca elogiando também meus/nossos  tesouros.

"Teu Ventre"
No macio e aconchegante ventre gerou
o brilhante, o rubi e o diamante.
Com muito carinho e calor criou
três minerais, no mundo nada abundantes.
Assim, nossos filhos nasceram.
Teu ventre criou preciosidades.
Assim, nossos filhos cresceram
para nós, três celebridades!
   Do teu arco-íris, o brilhante nasceu,                                                                                                                                            
   com o vermelho, teu sangue o rubi pintou,
   aos três minerais,sua beleza desprendeu,
   a resistência do diamante, seu pensamento plantou.
   Aparentemente pequena no tamanho,
   gigante como mãe e como mulher
   em atitudes que às vezes estranho, de
   tão boas!... que eu gostaria de colher.

Texto e fotos : Vera Alvarenga
 Poesia : Cesar Alvarenga

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

- "Reflexões sôbre um olhar ao espelho"...


  Cada um de nós, em criança, desenvolveu seu caráter e respostas à vida, de acordo com o ambiente e circunstâncias;a forma como absorvemos nossas experiências, depende do que temos como características específicas e mais essenciais.
     Não fui criança mimada, mas era feliz. Tenho como forte característica a sensibilidade e talvez tenha aprendido, por diferentes motivos que, ter uma pessoa para amar (o meu homem/companheiro) e merecer o seu amor, era o que dava significado à minha existência. Filhas de pais separados, podem aprender com o exemplo da mãe, diferentes valores, dependendo de sua sensibilidade. Para uma, talvez fique clara a idéia de que, para ser feliz e sobreviver, a mulher precisa ser independente e de certa forma, desapegada. Para outra, que viu a infelicidade e amargura permeando tudo o que a mãe tentava fazer, embora com seu nobre esforço de afirmar-se como independente e auto suficiente, talvez somado às características específicas da qual falei, a independência não conseguiu convencer como característica a trazer felicidade. Aprendi, não com palavras ou com o esforço, mas com o que vi, que sem amor, nada importa.
     Não me importa mais, a esta altura, julgar ou saber todos os por quês, para que eu possa me transformar em uma nova pessoa; mesmo sem isto, tenho me transformado(como minha escultura Fênix), e às vezes, apesar de minha veia dramática achar que morro, me reencontro no dia seguinte, ainda ali.
     Eu tentava fazer desta frase, a minha crença particular:
- “Não importa o que pensem, sei o que sou( como sou forte e resistente) e nada abala minha capacidade de amar a vida e as pessoas às quais sou ligada.”
     Eu e minha irmã,diferentes em tantas coisas, percebemos recentemente,que temos algo em comum : ambas estamos cansadas de tanto produzir! Como se não tivéssemos valia, se não produzirmos algo de valor ( ela, em suas atividades fora de casa,eu, no meu trabalho em casa,e na casa, no computador ou nas artes), mas não só neste campo, e sim, também no que dizia respeito às pessoas ou familiares – estávamos sempre tentando agradar outros, e nos sobrecarregando,muitas vezes, dificilmente pedindo ajuda para nós mesmas.Moramos em cidades distantes, cada uma com sua vida, ambas “mulheres de fibra!” ( como dizia nossa avó, e que nos foi dada como exemplo), e como tantas, acostumadas a “se virar por si”. Ela, menos sozinha que eu, porque trabalha “fora”,fez amigos e os conserva, além de que, recebeu mais elogios por ter escolhido uma profissão, ao invés, de como eu, ter abandonado a sua. Contudo, como muitas pessoas, na nossa faixa de idade, nos sentimos cansadas e sem saber como diminuir a produção por algum tempo, sem nos sentirmos desvalorizadas. Até financeiramente, isto é impossível, mas é no campo pessoal que “pega mais”.
     Voltando a falar de mim, “fazer por merecer” um amor, achar que a gente tem sempre que se superar, ser o melhor, é um desafio interessante, mas, se for constante, consome muita energia, embora nos faça feliz por algum tempo ( e aos que estão ao nosso redor,claro, pois tem o melhor que a gente pode e fica feliz em dar).
     Mas, um belo dia você descobre que está totalmente sem energia, principalmente se não conseguiu se recarregar porque seu/sua  companheiro/a  de vida, esqueceu por um bom tempo, de retribuir ( o que proporcionaria certo equilíbrio).
     Então, acostumada que estava a “fazer por merecer”, mas cansada e sem forças para esta ação, você olha para si mesma e se desespera pensando:
     - “Meu Deus, não sou nada!” Mas, o que a gente sente, de verdade, é : “ Não mereço amor!”
     E a gente se encolhe, e por medo se afasta de quem talvez ainda pudesse nos amar, porque esta crença parece maior do que tudo, e a gente está perdida, porque não encontra mais dentro de si, aquilo tudo que nos apoiava....Acredito que isto pode acontecer com homens também.
     Quando a gente se olha assim, não vê nenhuma imagem refletida no espelho, porque a gente se perdeu de si mesma/o! 
     É preciso urgentemente parar! Não podemos arrastar este sentimento, que nos leva à depressão! É imprescindível nos dar um tempo para reencontrar nossa imagem.... para podermos resgatá-la, olhando-a com amor.
texto: Vera Alvarenga
foto: Espelho Mosaico de Vera Alvarenga
     

domingo, 8 de agosto de 2010

Hoje, senti saudades do meu pai!

Eu ia me calar, mas não deu.
Já tenho cabelos brancos, como falar das saudades que a gente sente, como se fosse outro dia, que ele esteve presente em nossa vida? Parece que não combina dizer :
- " Que saudade sinto do meu pai!", quando os cabelos estão tão brancos como os dele estavam, da última vez que o vi.
Hoje, foi um lindo dia dos pais, para meu filho, minha norinha e os pais deles! Apesar disto, senti sim, saudade imensa do meu.
Por que ?
Ah, não é apenas porque ele me carregava no colo, assobiava ou cantava para mim...
Não é apenas porque, mesmo depois que cresci, ele continuou me elogiando pelo que eu sabia fazer e me incentivando a continuar gostando de música, poesia, escrever, pintar...
Não foi apenas porque trabalhamos juntos e, eu vi como ele tratava os colegas de trabalho, desde o mais humilde até o chefe, da mesma maneira respeitosa e polida.
Um dia, eu já era casada, e ele foi me visitar. As visitas eram raras, porque ele sabia que minha mãe, depois que se separaram, não nos perdoava por ainda tentar vê-lo. Neste dia, ao acompanhá-lo até o carro, pude ver seu desespero ao ver que o carro havia sido roubado e ele não tinha seguro, nem condições de comprar outro. Suas primeiras palavras, ao constatar o fato foram algo que não esqueci:
- " E meus doentinhos? E agora?"
Não sendo ele um médico,logo compreendi que, ele estava preocupado porque havia trazido no carro, alguns exames RX de pessoas pobres, da cidade onde morava e que precisavam de atendimento no Hospital das Clínicas. E ele, ex-funcionário, contador aposentado e também doente, ao ir ao Hospital, iria interceder por estas pessoas!
Acima de tudo isto, o que me fez sentir saudades dele, foi porque ele foi o primeiro homem que amei! e pude amar, sem medo. E seu amor foi algo que ele nunca "retirou" de mim...sempre me ofereceu seu amor, sincero, verdadeiro, sem nenhuma condição, a não ser, estar disponível para receber este amor.
Então, foi por uma porção de coisas que eu recebi dele e aprendi com ele, que aos 20 anos, percebi que ele já tinha conquistado meu coração para sempre! E isto foi muito importante para que eu não tivesse medo de amar um outro homem!
     Nesta ocasião, nas vésperas de meu casamento, ele mostrou que era frágil e cometia erros! Minha mãe separou-se dele porque descobriu que ele estava apaixonado por outra mulher.Foi um desastre! Ela sofreu muito. Poucos meses antes de meu casamento, isto mexeu com meus conceitos a respeito de fidelidade e sôbre a eternidade do amor. Aprendi, também com ele, que o amor era coisa a ser cuidada com carinho, e que uma esposa tinha que ser uma boa amante também. Mas não sei se era esta a questão. Ele me disse que não sabia  que diabos havia acontecido com ele, para que se apaixonasse assim por outra mulher, sendo minha mãe uma mulher de tanto valor, mas que não pode evitar, pois havia encontrado a mulher companheira para o resto da vida dele. Todos nós , 4 irmãos, sofremos algo indescritível: como poderíamos amar nosso carinhoso pai, sem culpa, se ele havia feito nossa mãe sofrer tanto? A partir daí, penso que todos nós ficamos divididos, o que não é muito saudável, nem confortável! Minha mãe não perdoou nossas pequenas traições de filhos que queríamos continuar a amar aquele pai. E, cada um resolveu isto como pode! E tirou daí as lições que conseguiu ver.
   Não sei quanto isto influenciou em minha vida como mulher e esposa. E certamente, isto aconteceu. Contudo, sei o quanto o amor que ele me deu como pai que era, e seu jeito simples de amar a vida e as pessoas me influenciaram, e me permitiram não querer me fechar ao amor. Quem recebe, em criança, amor dos pais, ou de um deles, nunca esquece e, é deste amor incondicional, que aconchega e abraça, que a gente sempre vai sentir saudades. Isto ocorre, mesmo que o tempo passe, e seja a gente que venha a amá-los desta forma, quando estão mais frágeis, de cabelos brancos, e precisam mais do nosso amor. Amor dado, amor retribuído, com o mesmo coração e disponibilidade. É assim a vida, e sou feliz por ter saudades de um pai que foi amoroso!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

- " 10 coisas que uma Mãe tem que aprender..."

   Aqui estou lembrando de quando eu tinha meus 32 anos e meus 3 filhos eram meninos ainda!
   Daí por diante, foi quando eles começaram a entrar na adolescência.Comecei a achar que era mais difícil ser mãe! Eles,se tornavam mais independentes, saíam debaixo das minhas asas protetoras, e eu, já não sabia mais como brincar com eles ou dar-lhes respostas tão inteligentes,como seria o esperado!Ou ainda, como convencê-los a fazer o que eu achava que era mais seguro para eles.
  Ah! Desde que nossos filhos nascem, nós mães, temos que aprender, inclusive a desenvolver capacidades e "profissões" extras.
Na minha experiência, aprendi que algumas coisas são fundamentais, mas nem todas consegui fazer :
1. Mãe tem que ter olhos de lince... e pular feito felino...
   Quem é mãe, sabe que é verdade!  o lince,dizem, enxerga longe, pressente o perigo e isto é fundamental quando um filho vai animado, encantado, se aproximando de algo perigoso... como quando pulei e tirei meu filho mais novo, da frente de uma filhote de jararacuçu, quando ele ainda bebê estendia sua mão para o bicho que levantava sua cabeça...
2. Mãe tem que aprender a voar como uma águia...
   E o vôo tem que ser suave e silencioso, para não assustar, mas muito rápido, para com suas garras certeiras, apanhar os filhos ainda no ar! Uma vez, quando meu filho mais velho tinhas seus 2 anos e meio e estava subindo na janela de um apartamento num andar bem alto... bem eu aprendi a voar. Já não consegui, o mesmo feito, quando o filho do meio, com 6 anos resolveu sentar-se no balcão da escada de um sobrado e... meu Deus,eu abracei apenas o ar! porque ele, num piscar de olhos se desequilibrou e, caiu no vão da escada, indo direto no vazio, até ser barrado pelos primeiros degraus no andar de baixo! Conseguimos voar até lá em segundos... e ele levantou-se tonto, mas perfeitamente bem.Milagre! Arrepia, só de lembrar!
3. Mãe tem que ter abraço macio, quentinho e aconchegante, feito mamãe ursa...
   E tem que dar mil abraços, pra esquentar o corpo do filhote, ou mesmo para abraçá-lo depois de homem feito, quando ele parece ser maior do que ela, mas se sente pequeno como um menino, diante de uma situação que o deixa, por alguns momentos, com a impressão de que aquele momento ruim, não vai passar...
4. Mãe, ao mesmo tempo, tem que aprender a parecer indiferente, como uma gata...
  Quando este mesmo filho homem atravessa um momento difícil na sua vida, e ela não pode mostrar-se penalizada, porque outras pessoas dirão que ela está deixando de transmitir ao filho que confia nele! Que bobagem! Claro que mãe confia nos filhos, sabe de suas capacidades, mas...que mãe não sente pena, quando vê o filho sofrer? A gente só quer abraçar, como quem diz: " Filho, acredita, você consegue, isto vai passar! Só te abracei pra te dizer isto!"
5. Mãe, tem que aprender a ter coragem e soltar fogo pelas ventas! feito dragão!
   Mesmo que seja calma, discreta como eu era... mãe tem que aprender a proteger seus filhotes quando pequenos! O difícil, é saber dosar isto, mas como ela também tem que aprender a ter bom senso, vai saber quanta lenha pode queimar em suas investidas.
6. Mãe,como disse acima, tem que aprender a ter bom senso...e muita coragem...
   Pra conseguir mostrar ao filho que está sempre ali para defendê-lo, mas que não poderá fazê-lo quando ele estiver errado, ou quando houver coisas, que só ele terá que enfrentar ou viver. Poderá apenas, continuar a seu lado, enquanto ele aprende as consequências de seus atos, ou enfrenta uma doença ou cirurgia....Isto é difícil demais!!
7. Mãe tem que aprender a falar como papagaio...
   E como um disco quebrado, tem que persistir em repetir coisas como princípios, mas principalmente as palavras ... "Filho, eu te amo"... "eu gosto de você"... "eu te admiro"... "desculpa, eu errei!" "Te amo, mas você tá errado, desta vez"... ( esta última frase é um pouco difícil pra mim, mas eu digo,mesmo sem muito jeito)...
8. Mãe tem que aprender, como os morcegos, a não temer o escuro !
   Se ela quer que seu filho adolescente chegue em segurança em casa e não dependa de caronas de estranhos (o que pode significar grandes riscos), ela tem que perder o medo da noite, vestir sua capa de mulher morcego e ir, de madrugada buscar os filhos nas saídas das festas ou discotecas, até que eles possam ter seus próprios carros. É muito desconfortável isto, mas é muito melhor do que ficar noites sem dormir, porque se é comodista ou medrosa. Este foi um erro que cometi e me arrependi muito.
9. Mãe tem que aprender a ser leal, como um cachorro amigo...
  Desde que os filhos são pequenos, a gente precisa perceber que eles merecem nosso respeito, e que se não devemos mimá-los demais, também não devemos colocá-los em situações difíceis ou ridículas, por causa de amigos ou convenções sociais que não se sustentam por seu valor. Ah, isto eu consegui fazer e podem crer, os filhos crescem e, sem que a gente espere, sentirão isto e serão gratos, e também vão oferecer sua lealdade aqueles que eles amarem! ( e a nós também, é claro). E isto é muito bom!
10. Mãe, às vezes já nasce sabendo,que é melhor se afastar como os elefantes...
   Quando o elefante está doente, ele se afasta da família... mãe, parece saber agir deste modo, às vezes, quando as coisas não vão bem pra ela, quando ela está muito doente... ou quando sua presença possa significar perigo, para o filho... Por mais que a mãe se sinta só, ou tenha vontade de pedir ajuda, é natural que não o faça todas as vezes que sente esta vontade, ou que não diga tudo o que pensa, ou que saiba afastar-se quando a nora é ciumenta ... pelo menos até que esta perceba que, como nora, jamais vai tomar o lugar da mãe no coração e lembranças do filho... e que a mãe dele, jamais poderia pretender tomar seu lugar como mulher, ao lado deste homem. Mãe sabe que seu filho sentirá amor por duas mulheres, e que estas diferentes formas de amor não se excluem, nem precisam competir, pois mãe sabe que a mulher que seu filho escolheu representa seu presente e seu futuro,  e, ficará feliz por isto, pois sabe que filhos são tesouros... para outros desfrutarem . Não queremos criar nossos filhos na nossa barra de saia!!
  Quero homenagear minha mãe, por tudo o que ela conseguiu ser e me ensinar, e a todas nós, mães ( inclusive minhas queridas noras) que procuramos amar nossos filhos e fazê-los sentir isto.
  Quero homenagear meus filhos, hoje 3 homens, com quem aprendi muito, tentando ser uma boa mãe e percebendo que cometia erros, e agradecer a eles, sem falsidades (eles sabem),nem demagogia, pois eu recebo deles hoje, carinho e amizade que, quando são pequenos, a gente nem pensa em receber. Não os amei visando algo em troca, mas agradeço a retribuição, sinal de que aprenderam que amar é comprometer-se com o outro e retribuir sem que isto seja sentido como um peso. São uma benção em minha vida e me orgulho deles, por tentarem amar,demonstrar seu amor e acreditar que a vida vale mais se a vivermos por princípios honrados em que acreditarmos.
   Agradeço a meu marido por ter sido um pai presente como provedor... e por,mais tarde, ter conseguido perceber que demonstrar amor por outras formas, também era uma valorosa forma de amar.
   Agradeço a Deus, todas as vezes que, através de minha intuição ou de outros fatores, Ele me ajudou a proteger ou ajudar meus meninos quando,ainda pequenos, precisavam que eu lhes garantisse segurança e apoio.
   FELIZ DIA DAS MÃES PARA TODAS AS FAMÍLIAS !
texto: Vera Alvarenga
foto: Vera Alvarenga

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