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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Um homem, uma mulher e suas poesias

 Vou contar-lhes a história deste livro.
Como foi bom abrir a caixa entregue pelo correio e ver ali nosso livro publicado! Ainda mais que eu ia receber amigas para comemorar aniversários, e ele chega exatamente um dia antes!!
 Meus amigos sabem que gosto de escrever. Poesias,letras e músicas escrevo desde menina! Cantei em programa de TV, (o Circo do Geraldo Rodrigues) algumas composições minhas e a música "Com açucar,com afeto" do Chico! Dali, convidada para cantar algumas semanas no programa da Xenia. Depois,no rádio!! Um futuro promissor talvez, neste meio artístico...hehehe, mas tudo parou por aí. Com 13 anos,não pude atender convites, não tinha um adulto que me acompanhasse.Naquele tempo,tudo era difícil para uma menina sem conhecidos no meio,sem desejos de carreira ou independência! rs.....
   Em mudanças de residência, perdi, me desfiz de cadernos de poesias. Depois de casada parei de escrever por um tempo. Mais tarde,quando os meninos iam pra cama e esperava o marido voltar à noite, voltei a compor, por necessidade, exigência das emoções e sensibilidades...hehehe..
  Ainda com filhos pequenos,publiquei 4 livros de contos infantis e parei novamente. Tenho o sonho de publicar mais livros. Mas,não costumo seguir focada em um objetivo que lute por alcançar de qualquer maneira. Ter foco é bom, nos protege de certa forma,como com um escudo de força. Contudo, a vida para mim, é algo surpreendente, apaixonante, cheia de movimentos. Tenho a tendência a esperar pacientemente por alcançar um sonho, quando por escolhas, preciso me adaptar e desviar-me nas curvas do caminho, mesmo que tenha de enfrentar as emoções que ser flexível assim,pode trazer...rs...
  Há dois anos atrás, voltei a escrever, fiz meu blog, emoções precisando transformar-se em palavras. Meu marido,o Cesar, não compreendia como eu podia perder tempo com estas coisas..rs.. Há pessoas que precisam ter a chance de vivenciar as coisas para compreendê-las. Eu o convidei para participar de um concurso de poesias comigo. Como na época em que o convidei a experimentar fazer esculturas, ele experimentou escrever, e gostou! Deixou aflorar mais uma vez sua sensibilidade e logo, sendo o homem de ação que é, disse: - "Vou publicar meu livro!"
  Confesso que fiquei feliz,pois "ganhei" um marido mais tranquilo..rs... e ao mesmo tempo espantada!
 - Como publicar?com que dinheiro,se tudo parecia ter de caminhar tão econômicamente sempre!? pensei eu.
Talvez com um pouco de inveja da capacidade que ele tem de concretizar o que quer fazer, decidi aprender com ele e então, publicamos juntos! Dividimos gastos, espaço,somamos tempo, juntamos algumas de nossas poesias e marcamos um encontro nas páginas deste livro.
   Não escolhemos publicar nossas semelhanças,( certamente as temos depois de 39 anos de casados..rs..), ao contrário, marcamos este encontro neste poetar entre nossas individualidades e apesar de tudo que nos diferencia.
   Convido vocês,meus amigos, para participar deste encontro! Puxe uma cadeira.Sente-se conosco. Deixe o tempo passar...vamos apenas poetar!
 
  Meu email: mulhernaidademadura@gmail.com
  Estou muito feliz com mais este pequeno sonho realizado.
  Meu carinho a todos.
 
  

sábado, 27 de novembro de 2010

" É meu tempo de poesias..."

É meu tempo de poesias...
Não porque me envaideça
de saber em rimas o que dizer
ou por chamar a mim, poetisa!
É só porque eu vivo dias,
em que, se não escrevo,
sinto que me falta o ar!
Preciso a compreensão das palavras,
da luz, antes que anoiteça,
da esperança que não agoniza
enquanto a verdade transpirar.
   As palavras não me aquecem
   como um abraço o faria,
   as rimas não dão a sentença
   que só a justa Justiça daria,
   mas aliviam meu peito e a alma,
   e traduzem os sentimentos
   que brotam do meu coração;
   ajudam a assimilar  desafios
   que me sacodem em momentos,
   quando me assombra a indignação
   do que não consigo compreender.

Foto e Texto: Vera Alvarenga

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Olhou para ele, como se fosse pela primeira vez...


Um dia, após algum silêncio,olhou para ele e o viu como se o estivesse vendo pela primeira vez, nos últimos anos.
Toda aquela impaciência e agressividade não foram dirigidas a ela, especificamente. O olhar de raiva com que a olhara e que tantas vezes a magoara. Só agora compreendia claramente. Ele o dirigia a qualquer um que o interrompesse quando estava a fazer inúmeras combinações em jogos de loteria que certamente teriam chance de ser contemplados, quando assistia uma notícia política e se imaginava lá, mostrando como poderia resolver o problema ou mesmo quando, recentemente se descobriu poeta e estava a escrever poesias.
Mesmo que fosse uma questão de trabalho, ou uma frase amorosa dela, lhe oferecendo algo que ele gostava?! Por que me tratar assim?
Era a raiva com que inconscientemente recebia tudo que o despertava de seus sonhos!!
Não teria um homem o mesmo direito de sonhar, como tem as mulheres? Era o que ela se perguntava agora.

Não importava comparar diferenças entre seu modo de reagir e o dele. Não era novidade que eram muito diferentes. Ele sempre tivera um jeito mais agressivo de reagir ao mundo, e por sua história de vida acreditava que com força e crítica se conseguia aprender e ensinar mais, diferentemente do modo dela encarar as mesmas questões.
 O que importava a ela agora, era perceber que ao businar para assustar alguém que atravessava a rua sem prestar muita atenção, ele realmente acreditava estar lhe fazendo um favor, e se isto a aborrecia, era simplesmente porque ela estava ao seu lado, naquele momento. Que o olhar duro que lhe dirigia, não era para ela; ela apenas o acordara do sonho. Muitas coisas a vida negou a este homem, porque ele teve sonhos grandiosos! Esforçado, corajoso, decidido, dizia que era feliz, realizado, era amado por ela, pela família,mas ela percebia nele a inquietação de quem não tivera oportunidade de realizar muitos dos seus sonhos.Talvez ele não soubesse como lidar com isto. Portanto, já não tinha medo dele agora, olhava-o com maior compreensão sobre o que antes pensou que ele fazia para feri-la. Ela o via como ele era. 
Tinham algo em comum – a inconveniente inquietação dos sonhos que não puderam ser realizados. E ambos, continuavam a sonhar seus sonhos...
Texto : Vera Alvarenga
Foto: alterada no photoshop - pode ter direitos autorais

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