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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Cor de vinho...

    Ela estivera andando de um lado para outro sem poder encontrar o que queria, desde aquele inverno em que sentira na alma, que trazia no ventre e na mente aquele botão de uma nova vida.
Nada a satisfazia como antes. E não sabia se fora por causa do tempo, dos silêncios, dos momentos de solidão, muitos momentos por sinal, ou do vazio dos gestos que iam mas não retornavam igualmente plenos do que alimenta o sorriso e o corpo. Quem sabe teria sido por causa daquele vento morno que veio forte, trouxe-lhe o pólen que a fertilizou e bateu-lhe no rosto, abrindo seus olhos como janelas para um novo mundo.
   Ela flutuara por uma eternidade em meio àqueles sonhos e pensamentos que, de súbito tinham vindo iluminar suas noites como pirilampos. Vivia então, em carne viva, vermelha do sangue que ainda pulsava nas veias, corada dos desejos e vontades que procurava esconder de si mesma, mas ainda estavam lá.
   Ela não queria mais sonhar... a noite agora era escura mas tranquila, e a esta calmaria iria se entregar com todo o seu ser,como sempre fizera a tudo a que decidia se entregar, atenção focada no melhor que sua mente e olhar podiam transformar de cada momento de vida. Era este o seu jeito - tinha escolhido sonhar a vida, vestida em cores, ao invés de vivê-la de uma forma nua ou crua.

   E quando quase dormia, ainda vestida de vermelho mas de um vermelho mais maduro em tom mais escuro, quando a noite também escurecia seu olhar e escondia tudo que a cercava, então... ele chegou.
   No escuro do quarto, num canto, o vestido cor de vinho... O único som que ouvia era o do coração dele ... fechou os olhos para sonhar...

Fotos e texto:Vera Alvarenga.

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